Destaque
Novo Presidente Assume Compromisso de Revitalizar Maternidade Histórica de Campinas
O recém-empossado presidente da tradicional Maternidade de Campinas, Dom João Inácio Muller, expressou seu compromisso inabalável de preservar o legado desta instituição centenária e enfrentar os desafios financeiros que ameaçam sua continuidade. Durante uma entrevista coletiva realizada na tarde desta terça-feira (28), o líder religioso assegurou que todos os esforços serão envidados para manter as operações do hospital e quitar as dívidas acumuladas ao longo dos anos.
A Sociedade Campineira de Educação e Instrução (SCEI), mantenedora do Hospital PUC-Campinas e da PUC-Campinas, assumiu na noite de segunda-feira (27) os ativos, passivos e a gestão da Maternidade. Esta medida representa um passo crucial na concretização da incorporação da Maternidade, processo que será finalizado após o término da Recuperação Judicial (RJ) iniciada há quase dois anos.
Enfrentando a Crise Financeira
A Maternidade de Campinas enfrenta uma crise financeira profunda, acumulando dívidas superiores a R$ 140 milhões. Apesar deste cenário desafiador, a SCEI assumiu o controle da gestão na noite de segunda-feira (27), após a aquisição vinculativa ser aprovada por unanimidade pelos associados da Maternidade em duas assembleias distintas.
Esta decisão audaciosa visa reduzir o endividamento dentro do processo de Recuperação Judicial, garantindo a continuidade das operações e preservando o valioso legado da Maternidade. Os novos dirigentes estão comprometidos em trabalhar de forma colaborativa, ouvindo todas as partes interessadas e unindo os esforços para superar este período turbulento.
Novo Corpo Diretivo
A liderança da Maternidade de Campinas foi reestruturada, com a nomeação de um novo corpo diretivo. Dom João Inácio Müller, Arcebispo Metropolitano de Campinas e grão-chanceler da PUC-Campinas, assume a presidência. O Monsenhor José Eduardo Meschiatti foi nomeado vice-presidente, enquanto a advogada Edna Nyara Couto Cappa ocupa o cargo de secretária geral. Para o Conselho Fiscal, foram eleitos Antonio Luiz Franco e Eduard Prancic.
Mensagem de Esperança
Em seu discurso, Dom João Inácio Müller enfatizou a missão de revitalizar e dignificar o Hospital Maternidade de Campinas, reconhecendo sua rica história e os esforços incansáveis de todos aqueles que contribuíram para prestar serviços de qualidade à população local.
‘Vemos esta incorporação como uma missão da Igreja, que é aberta à Educação e à Saúde. Nós nos reconhecemos inseridos na sociedade’, ressaltou o novo presidente, reafirmando o compromisso da instituição religiosa com as causas sociais.
Visão de Crescimento
O Monsenhor José Eduardo Meschiatti compartilhou uma visão otimista para o futuro, destacando que a incorporação da Maternidade de Campinas representa uma oportunidade de crescimento para o Hospital PUC-Campinas, conhecido por seu atendimento humanista.
‘Todos conhecem o atendimento humanista do Hospital PUC-Campinas e incorporar a Maternidade de Campinas é uma forma de crescermos. E fazemos isso pensando nas mães e crianças que aqui venham a nascer. Pretendemos trabalhar de forma colegiada, ouvindo as pessoas, unindo as pessoas e os seus potenciais’, explicou Meschiatti.
Alívio para a Cidade de Campinas
O ex-presidente da Maternidade de Campinas, Marcos Miele, expressou seu alívio com a incorporação da instituição pela SCEI, ressaltando a importância desta transação para a cidade de Campinas. ‘O sucesso dessa transação é importante para a cidade de Campinas, pois vai manter a Maternidade viva. E, esperamos que seja, no mínimo, por mais 100 anos.’
Raízes Históricas e Relevância Atual
Com 111 anos de história em Campinas, a Maternidade de Campinas é a maior do interior do Brasil em número de partos, realizando aproximadamente 9 mil nascimentos por ano (750 por mês, cerca de 25 por dia). Além disso, a instituição registra aproximadamente 1.900 internações por mês (22.800 por ano), das quais 60% são pelo Sistema Único de Saúde (SUS).
A quantidade de partos mensais representa praticamente a metade de todos os nascimentos ocorridos na Região Metropolitana de Campinas (RMC), evidenciando a importância vital desta instituição para a comunidade local.
Recursos Especializados
A Maternidade de Campinas conta com recursos especializados para atender às necessidades de seus pacientes. A Unidade de Tratamento Intensivo (UTI) Neonatal dispõe de 30 leitos, sendo 18 deles oferecidos para a rede pública. Em média, o hospital registra 930 atendimentos em UTI Neonatal por ano.
Além disso, a Maternidade possui o maior número de leitos de UTIs e de UCIs de Campinas para o atendimento público, destacando-se como um pilar essencial no sistema de saúde local.
Desafios Históricos e Recentes
Os problemas financeiros enfrentados pela Maternidade de Campinas têm raízes profundas. A situação começou a se agravar quando a instituição perdeu a concessão do uso da exploração do antigo Terminal Rodoviário de Campinas, uma fonte importante de receita.
Fatores adicionais, como a defasagem da tabela SUS e os repasses insuficientes para cobrir os custos operacionais, contribuíram para o agravamento da crise. Em 2020, a pandemia da COVID-19 representou um desafio adicional, impactando severamente as finanças da Maternidade.
Planos de Reestruturação
Com a incorporação pela SCEI, a Maternidade de Campinas inicia uma nova jornada de reestruturação e revitalização. Os novos dirigentes estão comprometidos em implementar medidas eficazes para reduzir o endividamento e restabelecer a estabilidade financeira da instituição.
Estratégias de Gestão
Algumas das estratégias de gestão que serão priorizadas incluem:
Para informações adicionais, acesse o site
‘Este conteúdo foi gerado automaticamente a partir do conteúdo original. Devido às nuances da tradução automática, podem existir pequenas diferenças’.