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O Dia em que Campinas Respirou Raiz Como o Festival Caf Cacha a e Viola Reacendeu a Alma Caipira no Cora o Urbano O Dia em que Campinas Respirou Raiz Como o Festival Caf Cacha a e Viola Reacendeu a Alma Caipira no Cora o Urbano

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O Dia em que Campinas Respirou Raiz: Como o Festival Café, Cachaça e Viola Reacendeu a Alma Caipira no Coração Urbano

Em pleno coração do século XXI, onde o ritmo acelerado das cidades parece sufocar qualquer traço de tradição, algo extraordinário aconteceu em Campinas no dia 11 de outubro de 2025. Enquanto o mundo digital girava em torno de algoritmos e notificações, a Praça Carlos Gomes se transformou em um portal no tempo — um espaço onde o som da viola ecoou mais alto que os toques de celular, onde o aroma do café recém-torrado competiu com o cheiro de asfalto quente, e onde a cachaça artesanal foi brindada não como vício, mas como herança cultural.

O Festival Café, Cachaça e Viola não foi apenas mais um evento gratuito no calendário da cidade. Foi um ato de resistência cultural, um abraço coletivo às raízes que muitos pensavam perdidas. E, paradoxalmente, foi justamente nesse cenário urbano — entre prédios modernos e fluxo constante de carros — que a cultura caipira encontrou seu palco mais vibrante dos últimos anos.

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Por Que um Festival de Viola, Café e Cachaça Importa Tanto Hoje?

Numa era dominada por conteúdos efêmeros e experiências descartáveis, eventos como este oferecem algo raro: autenticidade. A viola, o café de origem e a cachaça de alambique não são apenas produtos — são símbolos de um modo de vida que valoriza o tempo, o cuidado e a conexão com a terra.

Mas por que Campinas? Por que agora? A resposta está na própria identidade da cidade. Embora hoje seja um polo tecnológico e universitário, Campinas nasceu como um entreposto agrícola, ligado às rotas do café e ao interior paulista. Esse festival é, portanto, um retorno às origens — não nostálgico, mas celebratório.

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A Programação que Encantou Gerações

O festival foi cuidadosamente orquestrado para atrair desde crianças até idosos, provando que a cultura caipira não é exclusiva de uma faixa etária, mas um patrimônio coletivo.

Lucas Campaci: A Nova Geração da Viola

Às 14h, o palco foi aberto por Lucas Campaci, um nome que representa a ponte entre o passado e o futuro da música caipira. Com trilhas sonoras em documentários e uma abordagem contemporânea sem perder a essência, Campaci mostrou que a viola pode dialogar com o cinema, com a poesia urbana e até com o jazz. Seu repertório incluiu releituras de clássicos de Tonico e Tinoco, mas também composições autorais que falam do sertão digital — sim, do sertão que agora também existe nas redes sociais.

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Orquestra de Violeiros de Pedreira: A Força Coletiva da Tradição

Às 17h, o público foi surpreendido pela Orquestra de Violeiros de Pedreira, regida pelo maestro Claudinho Cassi. Com mais de 20 violeiros em cena, a orquestra transformou a praça em um verdadeiro templo da música instrumental brasileira. Cada acorde parecia contar uma história — de colheitas, de encontros à beira do fogão, de serestas sob a luz do luar. A performance foi um lembrete poderoso: a tradição não morre quando é compartilhada.

Mazinho Quevedo: O Mestre que Encerra com Brilho

E às 20h, o festival atingiu seu ápice com a apresentação de Mazinho Quevedo, indicado ao Grammy Latino e considerado um dos maiores violeiros vivos do Brasil. Sua técnica impecável, aliada a uma sensibilidade rara, fez com que até os mais distraídos parassem para ouvir. Em um momento emocionante, Quevedo dedicou uma canção à sua avó, que lhe ensinou os primeiros acordes com uma viola feita de caixote. “Essa música é minha raiz”, disse ele, antes de tocar uma melodia que fez muitos chorarem em silêncio.

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Além da Música: Um Festival de Sentidos

O festival não se limitou ao palco. Espalhados pela Praça Carlos Gomes, os visitantes encontraram uma verdadeira imersão sensorial.

Feira de Cafés Especiais: Do Grão à Xícara com Propósito

Dezenas de produtores de café de pequenas fazendas do interior de São Paulo e Minas Gerais montaram barracas com grãos de origem única. Cada xícara contava uma história — de altitude, de solo, de colheita manual. Baristas explicavam os perfis de torra, e muitos visitantes descobriram que o café pode ter notas de caramelo, flor de laranjeira ou até chocolate amargo. Mais do que bebida, era uma experiência de degustação consciente.

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Cachaça Artesanal: Entre o Alambique e a Cultura

Na ala dedicada à cachaça, mestres de alambique de cidades como Pirassununga, Salinas e Caconde apresentaram suas criações. Longe da imagem de bebida barata, essas cachaças — envelhecidas em tonéis de amburana, jequitibá e carvalho — revelaram complexidade aromática comparável a grandes destilados internacionais. Degustações guiadas explicavam a diferença entre branca, ouro e envelhecida, e destacavam o papel da cachaça como embaixadora da biodiversidade brasileira.

Gastronomia Caipira: Sabor que Vem da Terra

Comidas típicas completaram a experiência: pamonha, curau, costelinha ao molho caipira, angu com couve e feijão tropeiro. Tudo preparado com ingredientes locais e receitas passadas de geração em geração. Um food truck até inovou com um “café caipira” — um drink feito com cachaça, café coado na hora e rapadura.

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Economia Criativa: Quando a Cultura Gera Renda

Mais do que celebração, o festival foi um motor econômico para pequenos produtores. Cerca de 60 expositores — entre músicos, agricultores, artesãos e empreendedores culturais — tiveram a oportunidade de vender seus produtos diretamente ao público, sem intermediários.

“Isso aqui é meu sustento”, disse Dona Marta, produtora de cachaça de Caconde, enquanto embrulhava garrafas para clientes de Campinas. “Mas também é minha identidade. Cada garrafa tem um pedaço da minha história.”

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A Viola como Instrumento de Resistência Cultural

A viola caipira, muitas vezes subestimada, é um dos instrumentos mais versáteis da música brasileira. Com suas dez cordas afinadas em pares, ela pode soar como um violão, um bandolim ou até um piano.

Mas sua importância vai além da técnica. A viola é um símbolo de resistência. Enquanto o samba foi abraçado pelas grandes cidades e a bossa nova virou exportação, a viola permaneceu no interior — silenciosa, mas firme. Eventos como este a trazem de volta ao centro da cena cultural, mostrando que ela não é “música de velho”, mas sim a voz de um Brasil que insiste em existir com dignidade.

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A Praça Carlos Gomes: Um Marco de Reencontro Urbano

Escolher a Praça Carlos Gomes não foi por acaso. Localizada no coração do Centro de Campinas, a praça é historicamente um ponto de encontro. Mas, nos últimos anos, sofreu com o esvaziamento urbano e a falta de atividades culturais.

O festival a reativou — não apenas com cadeiras e barracas, mas com vida. Famílias sentaram nos bancos, jovens dançaram em círculo, idosos relembraram serestas da juventude. Por um dia, a praça deixou de ser um espaço de passagem e se tornou um lugar de pertencimento.

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A Importância de Eventos Gratuitos na Democratização da Cultura

Num país onde o acesso à cultura ainda é desigual, a gratuidade do evento foi um ato político. Não houve cordões de isolamento, nem VIPs. Todos tinham o mesmo direito ao som, ao sabor e à emoção.

Isso reforça uma verdade incômoda: cultura não é luxo. É necessidade. E quando o poder público apoia iniciativas como essa — ainda que de forma simbólica —, está investindo em coesão social, memória coletiva e identidade local.

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O Papel da Música na Preservação da Língua e dos Costumes

Muitas das canções apresentadas no festival usam expressões regionais, metáforas campestres e referências a ciclos agrícolas. Isso ajuda a manter viva não só a música, mas também a língua portuguesa em sua forma mais rica e diversa.

Quantas crianças, ao ouvir “Moda de Viola”, aprenderam o que é um “boiadeiro” ou o que significa “lua cheia no mato”? A música caipira é, assim, um arquivo vivo de saberes orais que os livros escolares muitas vezes ignoram.

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Turismo Cultural: Campinas como Destino de Experiências Autênticas

O festival também abre caminho para um novo tipo de turismo em Campinas — não o de negócios ou eventos corporativos, mas o de experiências culturais autênticas. Visitantes de cidades vizinhas, como Valinhos, Hortolândia e até São Paulo, vieram especialmente para o evento.

Isso mostra que cidades do interior têm muito a oferecer além de shopping centers e parques industriais. Elas guardam tesouros culturais que, se bem valorizados, podem gerar renda, emprego e orgulho local.

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A Lição que o Interior Ensina à Cidade

Em tempos de ansiedade coletiva e desconexão social, a cultura caipira traz uma lição simples, mas profunda: devagar é melhor.

O café não se bebe de gole. A cachaça não se toma sem conversa. A viola não se toca sem escuta. Esses são rituais de presença — antídotos naturais contra a correria moderna. O festival, então, foi mais que entretenimento: foi um convite à desaceleração consciente.

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O Futuro da Cultura Caipira Depende de Nós

Apesar do sucesso do evento, há um alerta silencioso: se não houver políticas públicas contínuas, apoio à educação musical nas escolas e valorização dos mestres populares, essa cultura corre o risco de se tornar folclórica — ou seja, preservada apenas em museus, não em vida.

O festival mostrou que há público, há talento e há desejo. Falta, muitas vezes, estrutura. Mas eventos como este plantam sementes. E sementes, com tempo e cuidado, viram árvores.

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Como Você Pode Manter Essa Chama Acesa

Não é preciso ser músico ou produtor rural para contribuir. Basta escolher um café de origem, visitar uma feira de produtores, assistir a um show de viola, ou simplesmente ouvir com atenção. Cada gesto de valorização é um voto de confiança na cultura brasileira.

Conclusão: Um Sábado que Mudou o Ritmo da Cidade

No dia 11 de outubro de 2025, Campinas não foi apenas uma cidade. Foi um território de memória, afeto e resistência. O Festival Café, Cachaça e Viola provou que é possível celebrar o passado sem viver nele — e construir o futuro sem apagar as raízes.

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Enquanto os últimos acordes de Mazinho Quevedo se dissipavam na noite, muitos saíram da praça com uma certeza: a cultura caipira não está morrendo. Está apenas esperando por quem queira ouvir.

Perguntas Frequentes (FAQs)

O que é o Festival Café, Cachaça e Viola?
É um evento cultural gratuito realizado em Campinas que celebra a tradição caipira por meio de música de viola, gastronomia típica, degustação de cafés especiais e cachaças artesanais, reunindo artistas, produtores rurais e o público em geral.

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Quem foram as principais atrações musicais do festival em 2025?
As atrações incluíram Lucas Campaci (representante da nova geração da viola), a Orquestra de Violeiros de Pedreira (regida por Claudinho Cassi) e Mazinho Quevedo, violeiro premiado e indicado ao Grammy Latino.

Por que o festival é importante para a preservação da cultura brasileira?
Porque resgata e atualiza expressões culturais tradicionais — como a música de viola, o cultivo do café de origem e a produção artesanal de cachaça — conectando-as às novas gerações e ao contexto urbano contemporâneo.

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Onde e quando acontece o festival?
Em 2025, ocorreu no sábado, 11 de outubro, na Praça Carlos Gomes, no Centro de Campinas (SP), das 11h às 22h. A entrada foi gratuita e aberta a todas as idades.

Como posso apoiar a cultura caipira no meu dia a dia?
Você pode consumir produtos de pequenos produtores (como cafés especiais e cachaças artesanais), assistir a shows de música raiz, participar de feiras culturais, compartilhar artistas regionais nas redes sociais e incentivar a inclusão desse repertório na educação formal.

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Para informações adicionais, acesse o site

‘Este conteúdo foi gerado automaticamente a partir do conteúdo original. Devido às nuances da tradução automática, podem existir pequenas diferenças’.
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