Connect with us
Por Que Campinas Est Vivendo uma Revolu o Silenciosa na Sa de Mental Por Que Campinas Est Vivendo uma Revolu o Silenciosa na Sa de Mental

Notícias

Por Que Campinas Está Vivendo uma Revolução Silenciosa na Saúde Mental?

Em uma cidade conhecida por sua pujança tecnológica e universitária, algo invisível — mas profundamente transformador — está acontecendo nas ruas, postos de saúde e centros de acolhimento de Campinas. Até setembro de 2025, a cidade já registrou 78.866 atendimentos em saúde mental, superando o recorde anterior de 2024 e marcando o ápice de uma década de crescimento contínuo. Mas o que está por trás desse salto quase exponencial? Seria um sinal de crise ou, paradoxalmente, de esperança?

A resposta, como quase tudo na mente humana, não é simples. Ela envolve cultura, tecnologia, política pública e, acima de tudo, uma mudança silenciosa na forma como falamos — e cuidamos — da saúde mental.

PUBLICIDADE

O Número que Fala Mais Alto que Qualquer Discurso

Desde 2016, quando Campinas registrou pouco mais de 13 mil atendimentos em saúde mental, o volume cresceu quase seis vezes. Em dez anos, foram **460.804 atendimentos** relacionados a transtornos mentais e comportamentais — e isso sem contar casos ligados ao uso de álcool ou outras drogas.

Esses números não são apenas estatísticas. São vidas. São pessoas que, pela primeira vez, encontraram coragem para pedir ajuda. São famílias que perceberam que sofrer em silêncio não é mais a única opção. E, talvez mais importante, são sinais de que a rede de saúde pública está finalmente respondendo a uma demanda histórica.

PUBLICIDADE

Três Pilares de uma Transformação Invisível

Segundo Marcelo de Souza Bruniera, coordenador de Saúde Mental da Secretaria Municipal de Saúde de Campinas, três fatores explicam esse fenômeno:

1. Mudança na percepção sociocultural sobre saúde mental
2. Informatização da rede de atendimento
3. Ampliação dos serviços oferecidos

PUBLICIDADE

Vamos mergulhar em cada um deles — e entender por que essa combinação está criando um modelo que outras cidades do Brasil deveriam observar com atenção.

1. A Queda do Tabu: Quando Pedir Ajuda Deixou de Ser Sinal de Fraqueza

Durante décadas, falar de ansiedade, depressão ou transtorno bipolar era sinônimo de “frescura” ou “falta de fé”. A saúde mental era relegada ao canto escuro da medicina, tratada como um problema secundário — ou pior, inexistente.

PUBLICIDADE

Mas algo mudou. Nas redes sociais, nas escolas, nos consultórios e até nas rodas de amigos, o diálogo sobre saúde mental se tornou mais comum. Influenciadores, artistas e até políticos passaram a compartilhar suas lutas internas. Campanhas como o Setembro Amarelo ganharam força. E, aos poucos, o estigma começou a rachar.

> E se o maior avanço da saúde mental em Campinas não tenha sido técnico, mas cultural?

PUBLICIDADE

É provável que sim. Quando a sociedade para de julgar e começa a acolher, as pessoas se sentem seguras para buscar ajuda. E isso se reflete diretamente nos números.

2. Da Caneta ao Clique: Como a Tecnologia Desburocratizou o Acesso

Até poucos anos atrás, marcar uma consulta em saúde mental na rede pública era uma verdadeira odisseia: filas intermináveis, fichas perdidas, prontuários desatualizados. Muitos desistiam antes mesmo de serem atendidos.

PUBLICIDADE

Hoje, graças à informatização da rede municipal, o processo é mais ágil, transparente e integrado. O sistema Tabnet/Campinas permite o acompanhamento em tempo real dos atendimentos, facilita o encaminhamento entre unidades e reduz a duplicação de esforços.

Mas a tecnologia vai além dos sistemas internos. Aplicativos como o do g1 e plataformas de telemedicina conectam cidadãos a informações e serviços antes inacessíveis. A digitalização não apenas melhora a eficiência — ela humaniza o atendimento ao devolver tempo e dignidade ao paciente.

PUBLICIDADE

3. Mais Centros, Mais Profissionais, Mais Esperança

Campinas não apenas digitalizou seu sistema — ela o expandiu. Novos Centros de Atenção Psicossocial (CAPS) foram inaugurados, incluindo o **CAPS Infantojuvenil Travessia**, na Vila Castelo Branco, especializado em crianças e adolescentes. Equipes multiprofissionais — com psiquiatras, psicólogos, assistentes sociais e terapeutas ocupacionais — atuam de forma integrada.

Além disso, a Estratégia Saúde da Família (ESF) passou a incorporar profissionais de saúde mental diretamente nas equipes de atenção básica. Isso significa que o primeiro contato com o sistema de saúde já pode incluir escuta qualificada — sem necessidade de encaminhamento burocrático.

PUBLICIDADE

> Imaginem uma cidade onde o posto de saúde mais próximo também é um porto seguro para a alma.

É exatamente isso que Campinas está construindo.

PUBLICIDADE

A Saúde Mental Não é um Luxo — É um Direito

Muitos ainda enxergam a saúde mental como um “extra”, algo que só importa quando a crise explode. Mas a verdade é outra: saúde mental é saúde. Ponto final.

Transtornos como depressão e ansiedade afetam a capacidade de trabalhar, estudar, manter relacionamentos e até cuidar da própria higiene. Ignorá-los não os faz desaparecer — apenas os agrava.

PUBLICIDADE

Ao investir em prevenção, acolhimento e tratamento contínuo, Campinas está não só salvando vidas, mas reduzindo custos futuros com internações, emergências e perda de produtividade. É uma aposta inteligente — e profundamente humana.

O Caso dos Jovens: Uma Geração em Busca de Sentido

Um dado chama atenção: o CAPS Infantojuvenil Travessia está entre os mais ativos da cidade. Isso não é coincidência. Adolescentes e jovens adultos estão na linha de frente da crise de saúde mental global.

PUBLICIDADE

Pressão escolar, redes sociais tóxicas, incertezas sobre o futuro, violência urbana e a herança de traumas familiares criam um caldo perigoso. E, ao contrário das gerações anteriores, essa juventude não aceita mais o silêncio.

Eles querem respostas. Querem apoio. E, felizmente, Campinas está ouvindo.

PUBLICIDADE

E os Adultos? O Sofrimento Invisível da Meia-Idade

Enquanto os jovens buscam ajuda com mais facilidade, muitos adultos ainda resistem. Especialmente homens acima dos 40 anos, que foram educados sob o lema “homem não chora”.

Mas os números não mentem: a demanda entre adultos também cresceu. Burnout, luto não elaborado, crises existenciais e solidão pós-pandemia estão levando milhares a procurar atendimento — muitas vezes pela primeira vez.

PUBLICIDADE

Aqui, o papel da atenção básica é crucial. Um simples “como você está se sentindo?” do agente comunitário pode ser o gatilho para uma mudança de vida.

A Pandemia Como Catalisador — Mas Não como Única Causa

É impossível falar de saúde mental sem mencionar a pandemia. O isolamento, o luto coletivo, a insegurança econômica e o medo constante deixaram marcas profundas. Muitos só agora estão processando o que viveram.

PUBLICIDADE

No entanto, atribuir todo o aumento à pandemia seria um erro. Os dados mostram que o crescimento já era consistente desde 2016. A crise sanitária acelerou um processo que já estava em curso — mas não o criou.

Desafios que Persistem: O Que Ainda Falta?

Apesar dos avanços, Campinas ainda enfrenta obstáculos. A lista de espera para psicoterapia na rede pública, por exemplo, continua longa. A **falta de leitos psiquiátricos** também preocupa especialistas, especialmente em casos de crise aguda.

PUBLICIDADE

Além disso, há uma desigualdade geográfica: bairros periféricos ainda têm menos acesso a serviços especializados. E a **formação contínua de profissionais** precisa ser ampliada para evitar o esgotamento das equipes.

> Construir uma rede robusta é um maratona, não um sprint.

PUBLICIDADE

Lições para o Brasil: O Modelo Campinas Pode Ser Replicado?

Sim — e deveria. A combinação de desestigmatização + tecnologia + expansão de serviços é replicável em qualquer município com vontade política e planejamento estratégico.

Outras cidades já observam Campinas com interesse. Se o modelo for bem documentado e adaptado às realidades locais, pode se tornar um farol nacional em saúde mental pública.

PUBLICIDADE

A Força do Coletivo: Quando a Comunidade se Torna Terapeuta

Um aspecto frequentemente ignorado é o papel da comunidade no cuidado em saúde mental. Grupos de apoio, oficinas de arte, atividades culturais e até hortas comunitárias têm efeitos terapêuticos comprovados.

Em Campinas, iniciativas como essas estão sendo integradas aos CAPS, criando espaços de pertencimento onde o sofrimento é compartilhado — e não escondido.

PUBLICIDADE

O Futuro é Preventivo: Da Reação à Antecipação

O próximo passo lógico é migrar do modelo reativo para o preventivo. Isso significa:

– Intervenções precoces nas escolas
– Programas de saúde mental no ambiente de trabalho
– Campanhas de escuta ativa em bairros vulneráveis

PUBLICIDADE

Prevenir não é apenas mais barato — é mais humano.

Histórias que os Números Não Contam

Por trás de cada um dos 78.866 atendimentos há uma história. Talvez seja a de uma mãe que finalmente conseguiu dormir depois de meses de insônia. Ou de um adolescente que descobriu que não está sozinho. Ou de um idoso que, após perder a esposa, encontrou um grupo que o acolheu.

PUBLICIDADE

Essas histórias não aparecem nas planilhas — mas são o verdadeiro termômetro do sucesso de qualquer política pública.

Conclusão: Uma Cidade que Cuida da Mente Também Cuida do Futuro

Campinas não está apenas batendo recordes de atendimento — está redefinindo o que significa cuidar de pessoas. Ao tratar a saúde mental com seriedade, ciência e compaixão, a cidade está construindo uma sociedade mais resiliente, mais justa e mais humana.

PUBLICIDADE

O recorde de 2025 não é um alerta de colapso. É um sinal de que a luz está entrando. E, como dizia o poeta Rumi: *“A ferida é o lugar por onde a luz entra em você.”*

Que Campinas continue sendo essa fresta de luz — para si mesma e para todo o Brasil.

PUBLICIDADE

Perguntas Frequentes (FAQs)

1. Por que os atendimentos em saúde mental aumentaram tanto em Campinas nos últimos anos?
O crescimento se deve a três fatores principais: maior aceitação social sobre o tema, informatização da rede de saúde e expansão dos serviços, com mais CAPS e profissionais capacitados.

2. Os números incluem casos de dependência química?
Não. Os dados analisados pelo g1 excluem atendimentos relacionados ao uso de álcool e outras drogas, focando apenas em transtornos mentais e comportamentais.

PUBLICIDADE

3. Onde os moradores de Campinas podem buscar ajuda em saúde mental?
A rede conta com CAPS (adulto, infantojuvenil e álcool e drogas), equipes da Estratégia Saúde da Família com profissionais de saúde mental e serviços de emergência psiquiátrica.

4. A pandemia foi a principal causa do aumento?
Embora tenha agravado a situação, o crescimento já era consistente desde 2016. A pandemia acelerou, mas não originou, essa tendência.

PUBLICIDADE

5. Como outras cidades podem replicar o modelo de Campinas?
Investindo em desestigmatização, integrando saúde mental à atenção básica, usando tecnologia para gestão e ampliando a rede de serviços com foco em equipes multiprofissionais e acolhimento comunitário.

Para informações adicionais, acesse o site

PUBLICIDADE
‘Este conteúdo foi gerado automaticamente a partir do conteúdo original. Devido às nuances da tradução automática, podem existir pequenas diferenças’.

PUBLICIDADE
PUBLICIDADE
PUBLICIDADE
PUBLICIDADE
PUBLICIDADE
PUBLICIDADE
PUBLICIDADE
PUBLICIDADE

Copyright © 2021 powered by Notícias de Campinas.