

Americana
O Sofrimento de Marli – Uma Tragicomédia de Erros Médicos
Marli Fabiano, uma senhora de 70 anos, tem vivido um verdadeiro pesadelo nos últimos dois meses. Internada no Hospital Municipal ‘Dr. Waldemar Tebaldi’, em Americana, ela luta contra feridas graves e uma escara sacral em estado de necrose.
Contexto da Situação
Marli foi hospitalizada em 13 de julho devido a uma infeção urinária. Seu filho, Rafael Luis da Costa, alega que as feridas e a condição de sua mãe pioraram significativamente durante sua estadia no hospital. Ele ressalta a falta de cuidados e materiais essenciais para o tratamento de sua mãe, incluindo gaze, ataduras, pomada (hidrogel) e lençóis de cama.
> ‘É a minha mãe que está numa cama ‘apodrecendo viva’ por falta de um cuidado necessário que qualquer cidadão tem de ter. Até quando isso?’, questiona Rafael.
Falhas no Atendimento
Rafael registrou um boletim de ocorrência para relatar as falhas no atendimento. Ele denuncia que o lençol de sua mãe, mesmo estando sujo, demora várias horas para ser trocado. Além disso, Marli teve que amputar um dedo do pé e perdeu os tendões de ambos os pés devido a erros nos curativos.
Uma enfermeira-chefe chegou a admitir que os curativos não estavam sendo feitos corretamente, o que levou à morte do tendão de Marli.
> ‘Os tendões estavam expostos e uma enfermeira-chefe do centro cirúrgico, que fez a debridação (procedimento para a retirada do tecido necrosado) do pé da minha mãe, quando foi fazer a segunda, relatou: ‘está errado, não era pra eu voltar aqui e fazer novamente porque não estão fazendo corretamente como eu deixei designado o curativo. Pelo uso incorreto do hidrogel mataram o tendão da sua mãe e ela nunca mais vai ter os movimentos dos dedos do pé”, relata Rafael.
Rafael também menciona que sua mãe chegou a ficar quase 30 horas sem trocar os curativos e quase 24 horas deitada em um colchão inflável murcho.
Alta Médica Prematura?
Rafael está desesperado. Ele diz que o hospital e a Unidade de Atendimento Domiciliar (UAD) do município querem dar alta médica para a sua mãe.
> ‘Eles querem liberá-la a todo custo pela UAD o quanto antes. Tive de levar gaze, faixa e pomada hidrogel de casa, pois não tinha. A UAD veio aqui (no hospital) hoje (quarta-feira). Eles querem e vão dar alta mesmo se tiverem de entrar na Justiça. Agora me diz: tem condições? Isto é condição de alta?’, questiona Rafael.
A Procura de Justiça
Rafael está procurando o Ministério Público do Idoso. Ele foi encaminhado para a OAB (Ordem dos Advogados do Brasil) de Americana, onde será atendido pelo promotor de Justiça Clovis Cardoso de Siqueira.
O Outro Lado da História
A Santa Casa de Misericórdia de Chavantes, que administra o Hospital Municipal ‘Dr. Waldemar Tebaldi’, informa que Marli deu entrada no hospital com um diagnóstico prévio de síndrome de Raynaud, que já havia causado lesões ulceradas e amputações. Durante a internação, um exame detectou a existência de talassemia.
A instituição ressalta que, neste e em outros casos similares, sempre busca os melhores desfechos clínicos, considerando o bem-estar geral do paciente.
A coordenadora da Unidade de Atendimento Domiciliar (UAD), Silvana Alves Teixeira, também forneceu algumas informações. Ela explica que a UAD foi solicitada pelo serviço social do Hospital Municipal para avaliar Marli. A unidade afirma que os cuidados necessários para a paciente se resumem à higiene pessoal e à realização de curativos nas lesões e que esse é um dos principais trabalhos realizados pela UAD.
Legenda: Cupom fiscal da compra de produtos para os ferimentos
Legenda: Colchão inflável sendo usado murcho
Boletim de Ocorrência
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