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A Luta pela Criação de um Memorial a Laudelina em um Prédio Ocupado
O Coletivo da Mulher Negra de Campinas, reivindica a formalização de um local dedicado à memória de Laudelina de Campos Mello, uma proeminente ativista negra e da causa trabalhista. O prédio em questão está localizado na Vila Padre Anchieta, próximo à cidade de Hortolândia, na região noroeste de Campinas.
Quem foi Laudelina de Campos Mello
Laudelina de Campos Mello foi uma líder incontestável do movimento negro. Nascida em Minas Gerais, escolheu a cidade de Campinas como seu lar. Como ativista, lutou incansavelmente pelos direitos dos trabalhadores e dos direitos humanos. Ela é considerada um ícone de resistência e uma das maiores referências da identidade negra no Brasil.
Em Santos, na década de 30, Laudelina fundou a Associação das Empregadas Domésticas do Brasil. Até hoje, seu nome é sinônimo de coragem e resistência. Sua história inspirou a criação de um livro, e é essa história que as ativistas querem destacar.
A Ocupação do Prédio
O prédio ocupado pelo Coletivo da Mulher Negra estava desocupado há anos e, segundo as ativistas, não cumprindo sua função social. A Prefeitura de Campinas confirmou que o imóvel é municipal, mas atualmente está cedido à Polícia Militar.
> A organização que lidera o movimento foi fundada em 1989 em Campinas. Seu objetivo é defender causas humanitárias, populares, feministas e sociais.
Os Planos para o Prédio
Cleusa Silva, uma das porta-vozes do movimento, afirmou que a ocupação do prédio visa transformá-lo em um memorial para Laudelina e um espaço para atividades cívicas. ‘Estamos lutando há 34 anos na cidade de Campinas. Este espaço vai incorporar um programa nosso, que inclui vários projetos, entre eles um ateliê de artes integradas com cursos gratuitos’, explica.
A porta-voz acrescentou que o objetivo é transformar o espaço em um centro de resistência da causa feminista e social. ‘O objetivo principal é enfrentar o racismo, o sexismo e as desigualdades’, afirmou.
A Resposta do Governo
Após a ocupação, um membro do governo Dário Saadi entrou em contato para estabelecer um diálogo. Cleusa disse que o espaço pertence à Prefeitura, mas existe um decreto destinando-o ao governo estadual.
> ‘Há seis anos está abandonado. Não tem nenhum uso. A casa está sendo degradada’, afirma Cleusa.
A comunidade da Vila Padre Anchieta apoia o movimento, de acordo com Cleusa. ‘Queremos empoderar as mulheres para buscar também a sua autonomia econômica’, enfatiza.
Conclusão
O Coletivo da Mulher Negra de Campinas está empenhado em transformar um prédio abandonado em um espaço de resistência e memória. No centro deste esforço está a figura de Laudelina de Campos Mello, uma líder negra que dedicou sua vida à luta pelos direitos dos trabalhadores e dos direitos humanos.
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