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Aumento acentuado nos casos de infarto em crianças e jovens na região de Campinas nos últimos dois anos

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  • Este artigo analisa o surpreendente aumento no número de internações por infarto agudo do miocárdio entre crianças e jovens na região de Campinas entre janeiro de 2021 e dezembro de 2022. Também discutimos as possíveis causas e sugerimos medidas de prevenção.

1. Um olhar sobre os números

Entre 2021 e 2022, foram registradas 29 internações por infarto agudo do miocárdio entre crianças e jovens de até 19 anos. Esse número é quase a metade do total registrado desde 2013. Até maio deste ano, já houve duas ocorrências.

Table 1: Infarto entre crianças e jovens de até 19 anos por ano

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| Ano | Casos |
|——|——-|
| 2021 | 15 |
| 2022 | 14 |
| 2023 | 2 |

  • Fonte: DataSUS – Ministério da Saúde

O levantamento inclui números de 16 municípios e considera atendimentos realizados tanto pela rede pública quanto privada. Desde 2007, foram registradas 80 ocorrências.

2. Perfil das vítimas

Em relação ao perfil das vítimas ao longo de todo o período, 55 eram crianças de até 9 anos e 56 eram do sexo masculino. Apesar dos dados alarmantes, a taxa de mortalidade é baixa: foram apenas três em 16 anos.

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3. Distribuição de casos por cidade

Table 2: Infarto entre crianças e jovens de até 19 anos por cidade

| CIDADE | CASOS |
|————————|——-|
| Águas de Lindoia | 2 |
| Americana | 5 |
| Campinas | 34 |
| Espírito Santo do Pinhal | 2 |
| Hortolândia | 10 |
| Indaiatuba | 4 |
| Jaguariúna | 4 |
| Mogi Guaçu | 2 |
| Mogi Mirim | 2 |
| Monte Mor | 3 |
| Morungaba | 1 |
| Paulínia | 2 |
| Santo Antônio do Jardim | 1 |
| Sumaré | 6 |
| Valinhos | 1 |
| Vinhedo | 1 |

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4. A principal causa de morte no mundo

Infarto, parada cardíaca e acidente cerebral vascular, juntos, compõem a principal causa de morte em todo o mundo. No Brasil, os casos de infartos registrados por mês mais que dobraram nos últimos 15 anos, e a média mensal de internações decorrentes subiu quase 160% no mesmo período.

5. A influência da pandemia de Covid-19

O aumento alarmante e repentino, que coincide com a pandemia da Covid-19, pode estar relacionado aos maus hábitos, que acabaram sendo reforçados nesse período. De acordo com a cardiologista Elaine dos Reis Coutinho da PUC Campinas, a falta de atenção à saúde, o sedentarismo e a má alimentação têm um peso importante nesse cenário.

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> ‘Na pandemia a gente não se cuidou como deveria, do ponto de vista médico. A gente viu que, durante a pandemia, os consultórios ficaram muito vazios. A gente teve uma com uma ocupação bem menor, uma frequência bem menor de paciente do que está acontecendo agora. Agora o consultório está lotado de pacientes querendo retomar o check-up. Quer dizer, foram dois ou três anos sem se cuidar” – Dr. Elaine dos Reis Coutinho

6. Falta de atividades físicas

Nos últimos anos a qualidade de vida, em termos de estilo de vida, ficou muito pior. Menos de 50% das pessoas faz atividade física. Entre jovens, esse número chega a 70%. Como referência, crianças e adolescentes deveriam fazer algo em torno de 90 minutos por dia de atividade moderada. Na prática isso não acontece.

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7. Alimentação perigosa

Durante a pandemia, muitas pessoas ficaram confinadas, o que aumentou o consumo, especialmente de alimentos que dão prazer, como é o caso dos carboidratos, ultraprocessados, ricos em gordura. De fato, existem dados mostrando que o peso das pessoas aumentou nesses dois ou três últimos anos e que o sobrepeso é um fator de risco.

8. Saúde emocional abalada

Outro fator importante é a saúde emocional. A incidência de alteração de estresse, distúrbio de comportamento de ansiedade, depressão, também afetam. Durante a pandemia, quem não estava com Covid, estava com alguma doença relacionada ao emocional. Isso também pode levar ao infarto.

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9. A importância do check-up em todas as idades

Contrariamente ao que é comumente ensinado, o check-up é fundamental em todas as fases da vida, inclusive nas crianças. Monitorar as condições de saúde é o primeiro passo para tratar ou prevenir doenças no futuro. A Sociedade Brasileira de Cardiologia recomenda que as crianças e adolescentes também tenham um rastreamento universal do colesterol a partir dos 10 anos. Isso pede mais atenção ainda quando a criança tem familiares com doenças cardíacas. Nesse caso, a partir dos 2 anos tem indicação de alguns exames.

10. Conclusão

O aumento substancial nos casos de infarto entre crianças e jovens é um alerta para a necessidade de uma abordagem mais preventiva à saúde. É crucial garantir que haja acesso adequado a um estilo de vida saudável e a cuidados médicos regulares para evitar esses incidentes preocupantes. Em tempos de pandemia, é ainda mais importante prestar atenção à saúde física e mental, para garantir um futuro saudável para nossas crianças e jovens.

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Para informações adicionais, acesse o site

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