Equipe de Resgate de Campinas Conclui Missão Humanitária em Canoas

A Defesa Civil de Campinas, município localizado no interior paulista, concluiu neste sábado (25) sua missão humanitária no município gaúcho de Canoas, severamente atingido por enchentes recentes. Inicialmente enviada para avaliar a extensão dos danos, a equipe rapidamente se envolveu em operações de resgate e salvamento.

Atuação Inicial: Mapeamento Aéreo dos Danos

Quando a equipe de Campinas chegou a Canoas, sua principal tarefa era realizar sobrevoos com drones para mapear a área afetada pelas inundações. Essas imagens capturadas pelos drones da Emdec (Empresa Municipal de Desenvolvimento de Campinas) e da ONG Help NGO, enviada pela ONU, foram processadas por uma tecnologia de mapeamento topográfico georreferenciado contratada pela Prefeitura de Campinas.

Segundo Daniel Honorato, agente da Defesa Civil de Campinas, ‘O monitoramento com drone permite que as pessoas que estão no comando da operação verifiquem quais são as vias de acesso para envio de socorro e planejamento de limpeza, manutenção de viário, da rede de esgoto, de água e de energia elétrica’.

Sobrevoos Extensivos Apesar das Condições Adversas

Ao longo da missão, a equipe realizou 56 voos com drones, coletando dados cruciais para orientar os esforços de recuperação. No entanto, as condições climáticas representaram um desafio constante, como explicou Honorato:

‘Hoje, por exemplo, está chovendo muito, o que prejudica os voos planejados para comparar as imagens feitas anteriormente e depois dessa nova chuva.’

Transição para Operações de Resgate

Embora inicialmente designada para tarefas de avaliação, a equipe de Campinas rapidamente se envolveu em ações de salvamento, resgatando pessoas e animais domésticos ilhados pelas águas.

Sidnei Furtado, coordenador regional e diretor da Defesa Civil de Campinas, que se juntou à equipe posteriormente, descreveu a gravidade da situação:

‘A situação por aqui está bem complicada. Não para de chover. Ontem à noite fomos chamados para apoiar a Defesa Civil de Canoas no resgate de pessoas ilhadas no bairro Niterói. À tarde a equipe ajudou no abrigo de animais.’

Força-Tarefa para Proteger Animais Resgatados

Um dos desafios enfrentados pela equipe foi proteger os animais domésticos resgatados das chuvas intensas. Quando as tendas onde eles estavam abrigados foram atingidas por mais de 90 milímetros de chuva, uma força-tarefa foi mobilizada para abrir valas e drenar a água.

Composição das Equipes e Rotatividade

A missão humanitária de Campinas em Canoas envolveu três equipes distintas, totalizando oito agentes públicos. A primeira equipe, composta por Gabriel Botelho Assis Benatti e Tânio Rodrigues Alves, atuou entre os dias 13 e 19 de maio.

Tânio Rodrigues Alves, que integrou essa primeira turma, compartilhou suas impressões sobre a recepção calorosa da população local:

‘A comitiva foi muito bem acolhida pelos municípes e pela Defesa Civil local. Por onde passávamos, as pessoas nos agradeciam pelo apoio prestado para a cidade de Canoas e para o povo do Rio Grande do Sul.’

O técnico em Mobilidade Urbana da Emdec, Marcelo Tortelli, também fez parte da primeira equipe e permaneceu atuando com o segundo grupo, composto por Daniel Lopes Honorato de Oliveira e Alisson Pontel Pereira.

A terceira e última equipe, que acompanhou o diretor Sidnei Furtado, contou com a participação dos agentes Valdomiro Antônio e Jhonatan Henrique Dias.

Impacto Emocional e Danos Devastadores

Apesar dos esforços incansáveis da equipe de resgate, o impacto emocional e os danos causados pelas enchentes foram devastadores para a população de Canoas. Tânio Rodrigues Alves, que testemunhou a situação de perto, relatou:

‘A situação é muito delicada. Muitas pessoas perderam praticamente tudo, só tiveram tempo de sair de casa e deixaram tudo para trás.’

No entanto, o sentimento de gratidão das vítimas pelo suporte recebido de servidores e voluntários foi evidente, conforme observado por Alves:

‘O sentimento das pessoas era de gratidão pelo suporte recebido de tantos servidores e voluntários.’

Apoio Logístico e Distribuição de Doações

Além das operações de resgate, a equipe de Campinas também se envolveu no apoio logístico e na distribuição de doações que chegavam de todo o Brasil. Tânio Rodrigues Alves relembrou um desses momentos:

‘Tivemos ainda oportunidade de conhecer um dos abrigos em que as pessoas que perderam suas casas estavam, em Santuário de São Cristovão. Por lá, na última quinta-feira, nos dedicamos a descarregar caminhões que chegavam com doações de todo o Brasil.’

## Conclusão da Missão e Prontidão para Novas Solicitações

Após dias de trabalho árduo, a missão humanitária da Defesa Civil de Campinas em Canoas chegou ao fim neste sábado (25). No entanto, a equipe permanece preparada para atender a novas solicitações, caso sejam necessárias.

Sidnei Furtado, diretor da Defesa Civil de Campinas, enfatizou essa prontidão:

‘Nós vamos retornar para Campinas amanhã e vamos aguardar nova solicitação da Prefeitura de Canoas se houver necessidade.’

Reflexões Finais: Resiliência e Solidariedade

A missão humanitária da Defesa Civil de Campinas em Canoas é um testemunho da resiliência humana diante de desastres naturais devastadores. Apesar dos desafios enfrentados, a equipe demonstrou determinação e espírito de solidariedade, trabalhando incansavelmente para auxiliar a população afetada.

Essa experiência reforça a importância da cooperação entre diferentes regiões e da preparação contínua para enfrentar situações de emergência. Ao mesmo tempo, destaca o impacto emocional profundo que tais eventos podem causar nas comunidades atingidas, ressaltando a necessidade de apoio

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