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Financiamento para Expansão de Casas de 15 m² em Campinas – Como Funciona
Após as polêmicas recentes, a prefeitura de Campinas anunciou opções de financiamento para a expansão das casas de 15 m². O prefeito Dário Saadi e o vice-prefeito Wanderley de Almeida detalharam três possibilidades oferecidas aos moradores para ampliar suas residências para até 54,7 m².
Alternativas de Ampliação
Segundo o prefeito Saadi, a ideia de ampliação já estava prevista desde a apresentação inicial do projeto. Agora, a proposta final é apresentada, encerrando as discussões sobre o assunto. Os custos para as reformas ficarão a cargo das famílias, podendo variar de R$ 24.701,60 a R$ 65.973,00. O financiamento será possível em até 300 parcelas pelo Fundo de Apoio à População de Sub-Habitação Urbana (Fundap).
As famílias poderão escolher uma das três opções abaixo:
1. Ampliação de 17 m² (1 quarto)
– Total de construção: 33 m²
– Valor: varia de R$ 24.701,60 a R$ 27.591,60, de acordo com o tipo de acabamento escolhido.
2. Ampliação de 29,15 m² (2 quartos)
– Total de construção: 45 m²
– Valor: varia de R$ 41.965,70 a R$ 45.970,70, de acordo com o tipo de acabamento escolhido.
3. Ampliação de 38,85 m² (2 quartos + banheiro)
– Total de construção: 54,7 m²
– Valor: varia de R$ 60.945,50 a R$ 65.973,00, de acordo com o tipo de acabamento escolhido.
Transferência das Famílias
A primeira etapa do projeto, que ainda está em andamento, envolve a construção de moradias de dois cômodos na região do DIC 5. Esta etapa gerou polêmicas recentemente. A previsão é que 450 pessoas sejam abrigadas nas 116 unidades, o que corresponde a uma média de quatro pessoas por casa.
A prefeitura espera iniciar a transferência das 116 famílias ‘nos próximos dias’, com previsão de conclusão em até 60 dias. A ampliação será possível somente após os moradores já estarem acomodados nas casas, cumprindo assim uma decisão judicial.
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- ‘Nós ficamos ainda mais indignados porque ninguém do Governo Federal perguntou antes de o presidente sair agredindo a gente. A gente considera uma agressão injusta de quem não conhecia a realidade, que só se justifica para querer antecipar a disputa pela Prefeitura de Campinas’, disse Saadi.
Críticas do Presidente
As pequenas moradias se tornaram alvo de críticas do presidente Lula, que as comparou com os programas habitacionais do Governo Federal, que prometem residências de 41 m². Em resposta, o prefeito de Campinas, Dário Saadi, expressou sua surpresa com a ‘agressividade do presidente’ e afirmou que o governo federal não procurou a prefeitura para obter mais informações sobre a ação.
‘Embriões Residenciais’
Na defesa, Saadi explicou que a ação não é um programa habitacional, mas um acordo judicial para a construção de ‘embriões residenciais’ em terrenos doados pela prefeitura. Ele também garantiu que os novos imóveis são ‘maiores que os antigos barracos de madeira’ e foram projetados para permitir a expansão futura de cada família, de acordo com suas possibilidades.
Apoio da Frente Nacional de Prefeitos
Apesar das críticas, a Frente Nacional de Prefeitos manifestou seu apoio ao prefeito de Campinas na discussão sobre o assunto. Além disso, a construção é vista como uma vitória pelos moradores da ocupação.
Análise de Especialista
Tomás Moreira, professor da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de São Paulo (FAU-USP) e especialista em política habitacional, criticou o fato de o imóvel não se adequar ao conceito de moradia digna recomendado pela Organização das Nações Unidas (ONU). Ele defende que a prefeitura deveria fornecer casas já equipadas com cozinha, considerada fundamental para a sobrevivência das famílias.
População Beneficiada
A coordenação da ocupação Nelson Mandela, beneficiada com as moradias, considera os imóveis um ‘embrião’ e vê a iniciativa como uma vitória. As famílias conquistaram seus lotes de 90 m² e as casas ainda serão construídas com o tempo.
- ‘Estamos contentes com o tanto que o movimento organizado pôde alcançar. A gente caminha por uma moradia digna e é justamente esse caminho que a gente segue trilhando’, destacou uma das coordenadoras da ocupação, Thamires Batista Ramos.
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