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Introdução

A construção de casas minúsculas pela administração de Campinas, São Paulo, provocou um debate acalorado nas redes sociais. As casas, com apenas 15m², foram criticadas por sua pequenez. No entanto, para os futuros moradores, essas casas são uma conquista significativa.

Um Olhar para as Mini Casas

As mini casas são uma iniciativa da Prefeitura de Campinas em colaboração com a Fundap (Fundo de Apoio à População de Sub-Habitação Urbana). Em um terreno de 23 mil m² perto do Aeroporto Internacional de Viracopos, 116 casas estão sendo construídas para realocar cerca de 450 pessoas de uma comunidade próxima, conhecida como Nelson Mandela.

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Estas unidades, chamadas de ‘embriões’, são estruturas simples com um teto, paredes e um banheiro. No entanto, não há divisões separadas para quartos, cozinha e sala de estar. Em média, cada casa abrigará uma família de quatro pessoas.

A Polêmica

A decisão de construir essas casas minúsculas foi tomada após uma ordem judicial para reintegrar o terreno, que era propriedade privada. A ordem judicial deu um prazo de quatro meses para a desocupação.

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Essa decisão foi criticada por especialistas em urbanismo e habitação. Eleusina Holanda de Freitas, arquiteta e urbanista, considerou a medida ‘absurda’. Ela argumentou que, embora a iniciativa garanta moradia para as famílias, o erro está na origem da política pública. Em sua opinião, não se pode fazer uma política pública de habitação ‘emergencial’.

Resposta da Prefeitura

O vice-prefeito de Campinas, Wanderley de Almeida, defendeu a decisão, argumentando que as críticas estavam desconectadas da realidade. Segundo ele, as famílias atualmente vivem em favelas e a situação de déficit habitacional em Campinas, estimada em mais de 40 mil moradias, não pode ser resolvida no modelo Mandela. No entanto, ele afirmou que essa foi a solução mais adequada para a situação atual.

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A Perspectiva dos Moradores

Apesar das críticas, muitos moradores parecem felizes com a situação. José Gonçalves, um morador da comunidade Nelson Mandela que também está trabalhando na construção das casas, disse que o quarto de 15m² é ‘muito melhor’ do que a favela em que vive atualmente com sua esposa e filho.

O Loteamento

Cada lote tem em média 90m². Embora a prefeitura admita que ainda serão feitos estudos para avaliar a viabilidade de ampliação das microcasas, por enquanto, os moradores terão que se acomodar no espaço apertado.

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Cobertura da Mídia

Após a repercussão nas redes sociais, a coordenação da ocupação emitou uma nota expressando insatisfação com a cobertura da mídia. Eles afirmam que ‘os embriões foram uma conquista, diante do que podia ser construído no prazo de quatro meses que o juiz fixou’.

Preocupações Futuras

Fábio Muzetti, arquiteto e urbanista da PUC-Campinas, expressou preocupações de que a mudança possa levar a uma nova ‘favelização’ do bairro. Ele alertou que a situação insalubre e os espaços apertados poderiam levar ao surgimento de extensões improvisadas das casas.

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Resposta da Comunidade

A coordenação da ocupação argumentou que a sociedade mostrou falta de preocupação com a dignidade dessas famílias em outros momentos. Eles salientaram que não houve a mesma indignação quando os barracos das famílias pegavam fogo e as crianças dormiam na rua durante a primeira reintegração de posse da comunidade Nelson Mandela.

Conclusão

A construção das mini casas em Campinas é uma situação complexa com muitas facetas. Enquanto alguns veem isso como um retrocesso em termos de planejamento urbano, para outros, é um passo na direção certa. O que é inegável é que essa situação destaca a necessidade urgente de políticas de habitação adequadas e de longo prazo.

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