

Destaque
Perspectivas da Indústria Brasileira para o Segundo Semestre
A pesquisa online realizada pela
- Regional Campinas do Centro das Indústrias do Estado de São Paulo (Ciesp-Campinas)
em junho revelou a expectativa das empresas para a economia no segundo semestre deste ano. O futuro parece estar diretamente ligado à aprovação das reformas fiscais e tributárias.
Previsões da economia
Segundo Valmir Caldana, primeiro vice-diretor da entidade, as respostas sobre as expectativas da indústria regional são:
1. 14% das associadas acreditam que o desempenho da economia vai ‘melhorar’ no segundo semestre,
2. Para 36% delas, a economia vai ‘piorar’,
3. Outros 36% preveem que a situação deve ‘permanecer como está’,
4. E 14% ‘não tem avaliação’.
> Caldana ressalta que 71% das empresas associadas afirmam que a ‘insegurança jurídica aumentou’, resultando em conservadorismo na tomada de empréstimos ou em novos investimentos, com medo de serem penalizadas com altas taxas de juros.
O Ciesp-Campinas possui cerca de 590 empresas associadas, distribuídas por 19 municípios da região, com um faturamento conjunto de R$ 53 bilhões ao ano e a geração de 97.954 empregos.
Avaliação de Desempenho
Stefan Rohr, segundo vice-diretor do Ciesp-Campinas, apresentou os índices de desempenho da indústria regional, que incluem volume de produção, número de funcionários e níveis de inadimplência e endividamento. A avaliação dos indicadores é positiva, apontando para um cenário de estabilidade com leve tendência de alta.
A pesquisa de junho mostrou uma queda de 22% no volume de produção em relação ao mês anterior. Em maio, essa diminuição foi de 33%. O número de funcionários em junho permaneceu estável para 79% das associadas, enquanto em maio esse índice foi de 72%.
> A lucratividade na indústria regional mostrou-se inferior para 35% das respondentes, estável para 43% e superior para 22% delas.
Investimentos e Capacidade Produtiva
Em relação aos investimentos, 50% das empresas afirmaram que não irão investir, 36% irão atualizar o maquinário já existente e 14% planejam ampliar o número de máquinas. Esses números foram considerados ligeiramente melhores que os de maio pela diretoria do Ciesp-Campinas, que foram, respectivamente, 61%, 22% e 17%.
A utilização da capacidade instalada de produção da indústria na região de Campinas em junho variou de 0% a 50% para 7% das empresas, de 50,1% a 70% para 43% delas, de 70,1% a 80% para 36% e de 80,1% a 100% para 14%.
Balança Comercial Regional
Anselmo Riso, diretor do Departamento de Comércio Exterior do Ciesp-Campinas, afirmou que a entidade tem feito gestões para apoiar as empresas da região a aumentar suas exportações.
Em maio, houve um aumento nas exportações, reduzindo o déficit da balança regional, que historicamente é negativo devido ao perfil das empresas exportadoras ligadas à tecnologia e não a commodities.
> Riso afirmou que o valor exportado em maio de 2023 foi de US$ 352,8 milhões, 14,5% maior que em maio de 2022. As importações no mesmo mês totalizaram US$ 869,7 milhões, 28,7% menor do que em maio do ano passado. O saldo em maio de 2023 foi negativo em US$ 516,9 milhões, 43,3% menor do que em maio de 2022.
A corrente de comércio exterior regional (soma das exportações e importações) em maio de 2023 foi de US$ 1,222 bilhão, 20% menor que em maio do ano passado.
Principais Exportadores e Importadores
Em maio de 2023, os principais municípios exportadores da Regional Campinas do Ciesp foram, em ordem: Campinas (33,2%), Paulínia (25%), Sumaré (9,8%), Mogi Guaçu (9%) e Valinhos (5,6%).
Os municípios que mais importaram foram: Paulínia (37,7%), Campinas (30,7%), Jaguariúna (8,9%), Hortolândia (7,4%) e Sumaré (5,4%). O percentual do município refere-se à sua participação em relação ao total da Regional no Balanço Mensal.
Os principais destinos das exportações da indústria regional em maio/2023 foram: Estados Unidos (US$ 71,18 milhões – 20,2%), Argentina (US$ 47,71 milhões – 13,5%) e México (US$ 26,09 milhões – 7,4%). Já os principais países de origem das importações para a região foram: China (US$ 229,22 milhões – 26,4%), Estados Unidos (US$ 106,80 milhões – 12,3%) e Alemanha (US$ 74,91 milhões – 8,6%).
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Em resumo, as expectativas para o desempenho da economia no segundo semestre são mistas e dependem da aprovação de reformas fiscais e tributárias. A incerteza jurídica segue sendo um desafio para as empresas, que temem ser penalizadas por altas taxas de juros. Ainda assim, os indicadores de desempenho mostram um cenário de estabilidade com uma leve tendência de alta.
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