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Violência Doméstica – A Luta Silenciosa de Mulheres Perseguidas
_“Até da minha sombra ele tinha ciúmes…”_
Um relato angustiante de uma mulher que, durante quase uma década, esteve presa em um relacionamento abusivo. Um ciclo de violência que perpetuou mesmo após o término do relacionamento, marcado por perseguição e ciúme excessivo.
O Preço da Liberdade
Por quase dez anos, ela conviveu com um agressor. A violência não se limitava ao relacionamento. Mesmo após o término, ela teve que lidar com a perseguição constante e o ciúme obsessivo de seu ex-marido.
> ‘Ele me seguia. No começo, parecia querer reatar, mas depois, ele só queria me afrontar. Umas vezes queria voltar, outras vezes só queria me atormentar. Ele sempre foi agressivo. Verbalmente, fisicamente, mentalmente. Bêbado ou sóbrio, era sempre violento.’
A Realidade Oculta dos Números
Os dados divulgados pelo Anuário da Segurança Pública revelam que a história dessa mulher, que prefere permanecer anônima, não é um caso isolado. Em 2022, o crime de ‘stalking’ (perseguição, em inglês), cresceu de 10.572 para 17.079 registros só no estado de São Paulo. No Brasil, foram contabilizadas mais de 53,9 mil ocorrências, um aumento de 75% em relação ao ano anterior.
Reconhecimento e Conscientização
Embora os números sejam alarmantes, a advogada Thais Cremasco, de Campinas (SP), ressalta que eles podem indicar uma conscientização crescente das vítimas. O crime de stalking foi oficialmente reconhecido apenas em 2021, e ainda está sendo compreendido pela sociedade.
> ‘Há um aumento no número de denúncias. As mulheres estão se sentindo mais encorajadas a denunciar, pois estão mais informadas e acreditam que os agressores serão punidos. Denunciar é fundamental para a mudança e para que as mulheres sejam realmente protegidas dessas violências e abusos.’
Outras Formas de Violência
O Anuário também apontou o aumento de outras formas de violência contra a mulher no Brasil. O número de feminicídios subiu de 1.347 para 1.437. As tentativas de feminicídio aumentaram 16,9%. Os homicídios de mulheres também registraram um aumento de 1,2%. Em relação à violência doméstica, o número saltou de 237.659, em 2021, para 245.713 em 2022. Além disso, 2022 foi o ano com mais registros de estupro na história, com 74.930 vítimas.
Conclusão
A violência contra a mulher é uma realidade que precisa ser combatida. As histórias dessas mulheres não podem ser esquecidas e é essencial que medidas sejam tomadas para garantir a sua segurança. É necessário criar um ambiente onde as mulheres se sintam encorajadas a denunciar, e é essencial que a sociedade reconheça e entenda a gravidade desses crimes.
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