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Deepfakes de Gisele B ndchen e outras famosas o golpe digital que est roubando sonhos e contas banc rias Deepfakes de Gisele B ndchen e outras famosas o golpe digital que est roubando sonhos e contas banc rias

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Deepfakes de Gisele Bündchen e outras famosas: o golpe digital que está roubando sonhos — e contas bancárias

Em um mundo onde a realidade se confunde com a simulação, um novo tipo de crime está se espalhando pelas telas dos celulares brasileiros. Não se trata de um vírus, nem de um phishing clássico. É algo mais insidioso, mais convincente — e perigosamente humano. A Operação Modo Selva, deflagrada pela Polícia Civil do Rio Grande do Sul, revelou uma rede criminosa que usava **deepfakes de celebridades como Gisele Bündchen, Angélica Huck, Juliette, Maísa e Sabrina Sato** para vender produtos que simplesmente não existiam. E o mais assustador? Milhares de pessoas caíram na armadilha.

Mas como chegamos a esse ponto? Como a inteligência artificial, uma das invenções mais promissoras do século XXI, se tornou uma arma nas mãos de fraudadores? E o que você pode fazer para não ser a próxima vítima?

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O golpe perfeito: quando a famosa “confirma” o que você já queria acreditar

Imagine receber um vídeo no WhatsApp. Nele, Gisele Bündchen — sim, a Gisele — está sorrindo, olhando diretamente para a câmera, e dizendo com entusiasmo: *“Descobri um segredo para rejuvenescer em casa! Estou usando esse kit de cosméticos todos os dias e os resultados são incríveis!”*. Ela até mostra um link na descrição. Você clica. O site parece profissional, com depoimentos reais (ou quase), ofertas relâmpago e um botão de “comprar agora” que pisca em vermelho. Em minutos, você transfere R$ 297 via Pix.

Só que o produto nunca chega.

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Pior: Gisele nunca gravou esse vídeo.

Bem-vindo ao mundo dos deepfakes comerciais, onde a linha entre verdade e ficção foi apagada com um simples algoritmo.

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A Operação Modo Selva: desmontando a fábrica de ilusões

Na quarta-feira, 1º de maio, a Delegacia de Polícia de Investigações Cibernéticas Especiais (Dicesp), ligada ao **Dercc (Departamento Estadual de Repressão a Crimes Cibernéticos)**, colocou fim a uma das operações de golpe digital mais sofisticadas já vistas no Brasil. A **Operação Modo Selva** cumpriu **26 ordens judiciais** em cinco estados: Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Pernambuco, São Paulo e Bahia.

Na região de Campinas, em cidades como Hortolândia e Piracicaba, três mandados de prisão e dois de busca e apreensão foram executados. Ao todo, **sete pessoas foram presas preventivamente**, incluindo o líder da quadrilha: **Levi Andrade da Silva Luz**, um jovem com conhecimentos avançados em inteligência artificial e manipulação de mídia digital.

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Quem é Levi Andrade da Silva Luz? O arquiteto das mentiras digitais

Levi não é um criminoso comum. Ele é um “artesão do engano”, capaz de transformar um trecho de vídeo antigo de uma celebridade em um novo discurso convincente — tudo com a ajuda de softwares de IA de código aberto e modelos de linguagem treinados com milhares de horas de gravações.

Segundo a polícia, ele era responsável por criar os deepfakes, desenvolver os sites falsos e até treinar outros membros da quadrilha a operar os gateways de pagamento fraudulentos. Sua rede não apenas enganava vítimas, mas também **lavava o dinheiro obtido** por meio de empresas fantasmas e contas de laranjas.

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Deepfake: não é magia, é matemática maliciosa

Muitos ainda pensam que deepfake é coisa de Hollywood ou de laboratórios secretos. Na verdade, a tecnologia está acessível, barata e alarmantemente precisa. Com apenas um smartphone, um computador com placa de vídeo razoável e alguns tutoriais no YouTube, qualquer pessoa pode gerar um vídeo falso de qualidade surpreendente.

O processo envolve:
– Coleta de vídeos e áudios reais da celebridade-alvo;
– Treinamento de um modelo neural para replicar expressões faciais e entonação de voz;
– Sincronização perfeita entre imagem e áudio;
– Inserção de mensagens persuasivas (como “oferta exclusiva” ou “estoque limitado”).

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O resultado? Um vídeo que engana até os olhos mais atentos.

Por que Gisele Bündchen? A psicologia por trás da escolha das vítimas

Não foi por acaso que a quadrilha escolheu Gisele Bündchen como uma das principais “vendedoras” virtuais. Ela representa **beleza, sucesso, autenticidade e confiança** — valores que milhões de brasileiros admiram. Quando ela “recomenda” algo, o cérebro humano tende a acreditar, mesmo que racionalmente saiba que celebridades raramente fazem promoções diretas via WhatsApp.

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Outras escolhidas, como Angélica Huck (símbolo de infância e credibilidade familiar) e **Juliette** (ícone da nova geração digital), foram selecionadas com base em **perfis demográficos específicos**. A quadrilha segmentava suas campanhas como qualquer agência de marketing legítima — só que com fins criminosos.

O Pix: o aliado involuntário dos golpistas

Se os deepfakes são a isca, o Pix é o anzol. A rapidez, irreversibilidade e anonimato relativo das transações via Pix tornaram o sistema de pagamentos instantâneos o **meio perfeito para golpes digitais**.

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Diferentemente de cartões de crédito, onde é possível contestar uma compra, o Pix não permite estorno automático. Uma vez que o dinheiro sai da sua conta, ele desaparece em uma teia de contas intermediárias — muitas delas controladas por “laranjas” recrutados com promessas de ganhos fáceis.

A engenharia do engano: como funcionava a fábrica de golpes

A operação desmontada pela polícia não era amadora. Era uma empresa criminosa estruturada, com divisão de tarefas claras:

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Equipe de criação: desenvolvia os deepfakes e os roteiros persuasivos;
Equipe de marketing: gerenciava redes sociais falsas, grupos de WhatsApp e campanhas de tráfego pago;
Equipe financeira: cuidava das contas de recebimento, lavagem e redistribuição do dinheiro;
Recrutadores: buscavam “laranjas” em fóruns online e aplicativos de emprego.

Tudo era feito com protocolos de segurança digital, uso de VPNs, criptomoedas em alguns casos e até servidores localizados fora do Brasil.

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Quantas vítimas? O silêncio das estatísticas

A polícia ainda não divulgou o número exato de vítimas, mas especialistas estimam que dezenas de milhares de pessoas possam ter sido afetadas. Muitas nem sequer sabem que foram enganadas — acham que o produto está “atrasado” ou que houve um “erro no frete”.

Outras, envergonhadas, preferem não denunciar. Afinal, quem admite ter caído em um golpe que prometia “rejuvenescimento milagroso” com a cara de Gisele Bündchen?

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O que dizem as celebridades?

Até o fechamento desta reportagem, Gisele Bündchen, Angélica, Juliette, Maísa e Sabrina Sato não se manifestaram publicamente sobre o uso indevido de suas imagens. No entanto, assessores de algumas delas já entraram em contato com autoridades para **tomar providências legais**.

Vale lembrar: nenhuma celebridade brasileira faz promoções diretas de produtos via WhatsApp ou Instagram sem contrato formal e divulgação oficial. Qualquer vídeo “exclusivo” circulando em grupos é, com quase 100% de certeza, falso.

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Como identificar um deepfake comercial?

Você não precisa ser um especialista em IA para se proteger. Aqui estão sinais de alerta que qualquer pessoa pode observar:

Movimentos faciais estranhos: piscar excessivo, sorrisos desalinhados, lábios que não sincronizam perfeitamente com a fala;
Qualidade de áudio inconsistente: eco, cortes ou entonação robótica;
Ofertas “milagrosas”: “perca 10 kg em 3 dias”, “rejuvenesça 20 anos”, “estoque limitado a 5 unidades”;
Links suspeitos: domínios estranhos, erros de ortografia, ausência de CNPJ ou endereço físico;
Pressão psicológica: “compre agora ou perca para sempre!”.

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Se algo parece bom demais para ser verdade, provavelmente é falso.

O que fazer se você já caiu no golpe?

Primeiro: não se culpe. Até pessoas altamente educadas e experientes caem em golpes de deepfake. O importante é agir rápido:

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1. Registre um boletim de ocorrência (presencial ou online, pelo site da Polícia Civil do seu estado);
2. Informe o Banco Central pelo canal [www.bcb.gov.br/faleconosco](https://www.bcb.gov.br/faleconosco);
3. Denuncie o número de telefone ou perfil que enviou o golpe ao WhatsApp (opção “Denunciar”);
4. Compartilhe sua experiência com amigos e familiares — sua história pode salvar outras pessoas.

A falha do sistema: por que as plataformas não impedem isso?

Apesar dos avanços, redes sociais e aplicativos de mensagem ainda são lentos para detectar e remover deepfakes fraudulentos. O algoritmo do WhatsApp, por exemplo, não analisa o conteúdo dos vídeos — apenas metadados. Já o Instagram e o Facebook dependem de denúncias de usuários para agir.

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Enquanto isso, os criminosos criam dezenas de contas falsas por dia, sempre um passo à frente da moderação.

O futuro do crime digital: deepfakes em tempo real

O que vimos na Operação Modo Selva pode ser apenas o começo. Especialistas alertam que, em breve, deepfakes em tempo real — capazes de simular uma videochamada com a voz e o rosto de alguém que você conhece — estarão ao alcance de qualquer quadrilha.

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Imagine receber uma ligação do “seu filho” pedindo dinheiro urgente porque “foi preso”. Só que não é seu filho. É um clone digital, treinado com gravações de voz retiradas das redes sociais.

Proteção individual não basta: precisamos de leis mais fortes

Atualmente, o Brasil não tem uma legislação específica contra deepfakes maliciosos. O uso indevido de imagem é punido pelo Código Civil, mas os crimes cibernéticos envolvendo IA caem em brechas legais.

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Projetos de lei como o PL 2360/2023, que criminaliza a criação e disseminação de deepfakes com intuito fraudulento, estão em tramitação, mas ainda enfrentam resistências.

Até lá, a responsabilidade recai sobre os cidadãos — e isso é profundamente injusto.

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Conclusão: vivemos na era da desconfiança digital

A Operação Modo Selva não é apenas uma história de polícia. É um espelho distorcido da nossa relação com a tecnologia. Vivemos em um tempo em que **ver já não é crer**, em que a verdade precisa ser verificada duas, três, quatro vezes antes de ser aceita.

Mas há esperança. Cada vez mais, cidadãos estão se informando, questionando, duvidando. E é essa cultura da verificação que pode nos salvar.

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Não se trata de viver com medo — mas com consciência crítica. Porque, no fim das contas, o maior antídoto contra os deepfakes não é um software, mas **a capacidade humana de pensar por si mesma**.

Perguntas Frequentes (FAQs)

1. O que é um deepfake exatamente?
Um deepfake é um vídeo ou áudio manipulado por inteligência artificial que substitui o rosto ou a voz de uma pessoa real por outra, de forma quase imperceptível. É criado usando redes neurais que aprendem padrões faciais e vocais a partir de grandes volumes de dados.

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2. É crime criar ou compartilhar deepfakes no Brasil?
Atualmente, não há uma lei específica que criminalize deepfakes, mas seu uso para fins fraudulentos pode ser enquadrado em crimes como estelionato, falsidade ideológica, violação de direito de imagem e lavagem de dinheiro.

3. Posso processar alguém por usar minha imagem em um deepfake?
Sim. O artigo 20 do Código Civil garante o direito à imagem, e qualquer uso não autorizado pode gerar indenização por danos morais e materiais, mesmo que o deepfake não tenha fins lucrativos.

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4. Os bancos devolvem o dinheiro perdido em golpes com Pix?
Não automaticamente. O Pix é irreversível por design. No entanto, se houver comprovação de fraude e o caso for investigado pela polícia, algumas instituições financeiras podem ressarcir o valor — mas isso depende de análise caso a caso.

5. Como as celebridades podem se proteger contra deepfakes?
Além de monitoramento constante nas redes, muitas contratam empresas especializadas em proteção digital, registram suas vozes e imagens como ativos de propriedade intelectual e emitem comunicados oficiais sempre que detectam fraudes. Algumas até usam “deepfakes autênticos” — vídeos com marcas d’água digitais verificáveis — para provar autenticidade.

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Para informações adicionais, acesse o site

‘Este conteúdo foi gerado automaticamente a partir do conteúdo original. Devido às nuances da tradução automática, podem existir pequenas diferenças’.
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