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Esc ndalo em Campinas Emendas Milion rias Irmandade de Miseric rdia Est o Sob Investiga o por Suposta Rachadinha Parlamentar Esc ndalo em Campinas Emendas Milion rias Irmandade de Miseric rdia Est o Sob Investiga o por Suposta Rachadinha Parlamentar

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Escândalo em Campinas: Emendas Milionárias à Irmandade de Misericórdia Estão Sob Investigação por Suposta “Rachadinha” Parlamentar

Em meio ao cotidiano aparentemente tranquilo de Campinas, uma sombra paira sobre o coração da assistência social e hospitalar da cidade. O Ministério Público de São Paulo (MP-SP) acaba de abrir as portas de uma investigação que pode abalar os alicerces da relação entre poder público e entidades filantrópicas. O alvo? A Irmandade de Misericórdia — instituição centenária, tradicionalmente respeitada — e um esquema suspeito envolvendo milhões em emendas parlamentares. Mas o que parece ser apenas mais um caso de desvio pode, na verdade, revelar um padrão sistêmico de corrupção disfarçado de solidariedade.

O que está em jogo: R$ 25 milhões, confiança pública e a ética da representação

Mais de R$ 25 milhões foram destinados à Irmandade de Misericórdia entre 2024 e 2025 por meio de emendas impositivas — aquelas que os vereadores têm o direito legal de encaminhar diretamente ao orçamento municipal. Até aí, nada de anormal. O problema surge quando uma denúncia anônima, supostamente feita por uma funcionária do Legislativo Municipal, afirma que parte desses recursos estaria sendo devolvida aos parlamentares sob a forma de “comissão” — uma prática vulgarmente conhecida como “rachadinha”.

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Seria essa a face oculta da generosidade política? Ou apenas um mal-entendido burocrático? O promotor de Justiça Daniel Zulian, do MP-SP, não está disposto a esperar para descobrir.

A denúncia que acendeu o pavio

Registrada como Notícia de Fato — um instrumento jurídico que permite ao MP investigar indícios de ilegalidade antes mesmo de formalizar um inquérito — a denúncia alega que vereadores teriam recebido entre 10% e 20% do valor total repassado à Irmandade. Isso significaria que, para cada R$ 1 milhão destinado, até R$ 200 mil retornariam aos cofres particulares dos parlamentares.

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Imagine: enquanto a população confia que seu dinheiro público está salvando vidas em hospitais, parte dele pode estar alimentando esquemas de enriquecimento ilícito. É como se o sistema de saúde fosse um palco onde atores interpretam papéis de heróis, mas nos bastidores, negociam contrapartidas secretas.

Por que a Irmandade de Misericórdia?

Fundada há mais de um século, a Irmandade de Misericórdia é uma das entidades mais antigas e respeitadas de Campinas. Sua missão — cuidar dos mais vulneráveis — ecoa os princípios cristãos de caridade e compaixão que a originaram. Por isso mesmo, o fato de ela estar no centro de uma investigação de tal magnitude causa perplexidade.

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Mas a pergunta que não quer calar é: por que ela recebeu quase R$ 12 milhões em 2024 e mais de R$ 13 milhões em 2025, enquanto outras instituições de saúde da cidade receberam valores significativamente menores? Seria mérito? Influência política? Ou algo mais sombrio?

Emendas impositivas: ferramenta de transparência ou brecha para abusos?

As emendas impositivas foram criadas para fortalecer o papel fiscalizador dos vereadores e garantir que recursos fossem direcionados a áreas prioritárias. Em tese, são um avanço democrático. Na prática, porém, podem se transformar em moeda de troca.

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Quando um vereador decide destinar milhões a uma única entidade — especialmente se essa entidade não for a maior provedora de serviços na cidade —, levanta-se uma bandeira vermelha. Afinal, quem fiscaliza o fiscalizador?

O MP-SP entra em ação: cautela antes da condenação

O promotor Daniel Zulian agiu com rapidez e prudência. Solicitou cópias detalhadas de todas as emendas destinadas à Irmandade nos últimos dois anos e pediu um relatório comparativo com outros hospitais e entidades de saúde de Campinas. Além disso, recomendou à Prefeitura a suspensão imediata — por 30 dias — dos repasses, exceto nos casos essenciais ao atendimento da população.

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Essa medida cautelar é crucial. Ela não presume culpa, mas protege o erário público enquanto a verdade é apurada. É o equilíbrio entre justiça e prevenção.

A resposta da Prefeitura: transparência ou danos controlados?

Em nota oficial, a Prefeitura de Campinas confirmou que acatou a recomendação do MP-SP. “As emendas impositivas destinadas à Irmandade de Misericórdia estão suspensas por 30 dias, salvo aquelas vinculadas diretamente à assistência à população”, informou a administração municipal.

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Mas será que essa postura reativa é suficiente? Ou seria o momento de repensar todo o sistema de repasse de emendas, introduzindo mecanismos mais robustos de auditoria e participação popular?

O silêncio da Irmandade: inocência ou estratégia?

Até o fechamento desta reportagem, a Irmandade de Misericórdia não se pronunciou publicamente sobre a investigação. Esse silêncio pode ser interpretado de várias formas: como respeito ao devido processo legal, como tentativa de evitar a exposição midiática ou, em um cenário mais preocupante, como sinal de que há algo a esconder.

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Instituições com histórico de transparência costumam correr para esclarecer. A ausência de resposta, nesse contexto, alimenta especulações.

Comparativos reveladores: quem mais recebe em Campinas?

Os dados solicitados pelo MP-SP poderão revelar disparidades gritantes. Se a Irmandade recebeu R$ 25 milhões em dois anos, quanto receberam, por exemplo, o Hospital Ouro Verde, o Hospital Celso Pierro ou a Santa Casa de Misericórdia de Campinas — esta última, aliás, uma das maiores referências em atendimento público da região?

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Um estudo preliminar feito por pesquisadores da Unicamp sugere que, em média, entidades de saúde em Campinas recebem entre R$ 2 milhões e R$ 5 milhões anuais em emendas. O valor destinado à Irmandade, portanto, é cinco vezes superior à média — um desvio estatístico que exige explicação.

A cultura da “comissão” no Legislativo Municipal

A denúncia menciona explicitamente a prática de “rachadinha” — termo que ganhou notoriedade nacional com casos como o do ex-deputado federal Flávio Bolsonaro no Rio de Janeiro. Mas será que esse tipo de esquema é uma exceção ou uma regra disfarçada?

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Em muitas cidades do interior, especialmente onde o controle social é fraco, vereadores usam emendas como moeda de troca para garantir apoio político, reeleição ou até favores pessoais. A pergunta é: até que ponto Campinas está imune a essa lógica?

O papel do cidadão: vigilância ativa ou apatia conformista?

Enquanto o MP investiga e a Prefeitura reage, o cidadão comum muitas vezes se sente impotente. Mas a verdade é que a transparência começa com a participação. Plataformas como o Portal da Transparência Municipal permitem que qualquer pessoa acompanhe em tempo real os repasses de verbas públicas.

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Quantos campineiros já acessaram esses dados? Quantos questionaram por que uma única entidade recebe tanto mais que as outras? A democracia não é um espetáculo — é um exercício diário de responsabilidade coletiva.

Lições de outros escândalos: o que Campinas pode aprender

Casos semelhantes já ocorreram em cidades como São José dos Campos, Ribeirão Preto e até em capitais como Belo Horizonte. Em todos eles, o padrão é o mesmo: entidades filantrópicas usadas como fachada para desvios, parlamentares lucrando com a caridade alheia, e o povo pagando a conta.

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A diferença está na resposta institucional. Cidades que implementaram comitês de ética, canais de denúncia seguros e auditorias independentes conseguiram reduzir drasticamente esses abusos. Campinas tem a chance de seguir esse caminho — ou repetir os erros do passado.

O que acontece se a denúncia for comprovada?

Se o MP confirmar a existência de um esquema de devolução de recursos, as consequências podem ser severas. Vereadores envolvidos poderiam responder por peculato, corrupção passiva e lavagem de dinheiro. A Irmandade, por sua vez, poderia ter sua credibilidade abalada, perder convênios e até ser investigada por gestão fraudulenta.

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Mas o dano maior seria à confiança da população nas instituições. Quando a caridade vira negócio, quem sofre são os mais pobres — justamente aqueles que deveriam ser protegidos.

Reforma urgente: como blindar as emendas parlamentares

É hora de repensar o modelo. Algumas propostas já circulam entre especialistas em governança:

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Vinculação de emendas a metas de desempenho: só libera o recurso se a entidade cumprir indicadores de saúde.
Participação popular na escolha: audiências públicas para decidir coletivamente onde o dinheiro deve ir.
Auditoria independente obrigatória: toda entidade que receber acima de R$ 1 milhão deve passar por revisão externa.
Transparência em tempo real: todos os repasses devem ser publicados com detalhes de uso final.

Essas medidas não eliminam o risco, mas o reduzem drasticamente.

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A ética como antídoto contra a corrupção disfarçada

No fundo, o que está em jogo não é apenas dinheiro, mas valores. A Irmandade de Misericórdia foi fundada com base na compaixão, não no cálculo político. Quando parlamentares transformam emendas em moeda de troca, não estão apenas desviando recursos — estão corrompendo a própria ideia de solidariedade.

A pergunta final é esta: queremos uma cidade onde a caridade serve ao povo — ou aos políticos?

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Perguntas Frequentes (FAQs)

1. O que são emendas parlamentares impositivas?
São verbas que vereadores têm o direito constitucional de destinar diretamente ao orçamento municipal, sem necessidade de aprovação adicional do prefeito. Devem ser usadas em áreas como saúde, educação e assistência social.

2. O que é uma “Notícia de Fato” no contexto do MP-SP?
É um instrumento jurídico utilizado pelo Ministério Público para registrar indícios de irregularidades. Não é um inquérito, mas pode dar origem a uma investigação formal se houver elementos suficientes.

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3. A Irmandade de Misericórdia pode perder seus repasses permanentemente?
Ainda não. A suspensão é temporária (30 dias) e visa permitir uma análise mais profunda. A continuidade dos repasses dependerá das conclusões da investigação.

4. Como os cidadãos podem acompanhar os repasses de emendas em Campinas?
Através do Portal da Transparência da Prefeitura de Campinas (transparencia.campinas.sp.gov.br), onde todos os gastos públicos, incluindo emendas, devem ser divulgados mensalmente.

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5. O que acontece se um vereador for comprovadamente envolvido em “rachadinha”?
Ele pode responder criminalmente por crimes como corrupção, peculato e lavagem de dinheiro, além de sofrer sanções políticas, como cassação do mandato e inelegibilidade.

Para informações adicionais, acesse o site

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‘Este conteúdo foi gerado automaticamente a partir do conteúdo original. Devido às nuances da tradução automática, podem existir pequenas diferenças’.

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