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O Impacto da Intoxicação Alimentar em Campinas – O Caso do Atum Proibido
Introdução
Em julho deste ano, a cidade de Campinas sofreu um surto de intoxicação alimentar que afetou 60 crianças e dois funcionários de nove creches municipais. De acordo com a prefeitura, a causa foi o consumo de atum enlatado, o que levou a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) a proibir a venda do produto.
O Surto de Intoxicação
A intoxicação ocorreu após o consumo de histamina, uma substância que pode se formar em pescados após a morte. As crianças e funcionários afetados apresentaram sintomas como vermelhidão, coceira no rosto e pescoço, e em alguns casos, estes sintomas se espalharam por outras partes do corpo. Sete crianças também tiveram diarreia.
A Resposta da Prefeitura
Ao ser notificada sobre os primeiros sintomas, a Prefeitura de Campinas acionou o Departamento de Vigilância em Saúde (Devisa). A distribuição do alimento foi imediatamente interrompida e o atum da marca em questão foi retirado do cardápio das escolas.
O Papel da Anvisa
A Anvisa impôs uma restrição ao atum ralado em óleo comestível com caldo vegetal, fabricado pela Cellier Alimentos Linha Profissional. A agência determinou também o recolhimento do produto. A decisão foi baseada em um exame realizado pelo Instituto de Tecnologia de Alimentos (Ital), que identificou valores de histamina acima dos limites tolerados pela legislação no alimento.
O Que é a Histamina?
A histamina é uma substância que pode se formar em pescados após a morte, quando o manuseio e armazenamento do alimento são inadequados. A presença de histamina não é eliminada por tratamentos térmicos, como cozimento e defumação. Peixes com níveis tóxicos de histamina podem apresentar sinais como mau cheiro, alteração na consistência e mudanças na coloração.
Os Riscos da Histamina
O consumo de alimentos contendo histamina pode causar sintomas como dormência, formigamento, sensação de queimação na boca, erupções cutâneas no tronco superior, queda de pressão, dor de cabeça, coceira na pele, náusea, vômito e diarreia. Apesar destes efeitos geralmente serem leves e desaparecerem em poucas horas, idosos e pessoas com problemas de saúde podem apresentar quadros mais graves.
A Reação da Empresa
Em resposta à proibição, a Cellier Alimentos informou que adotou medidas corretivas e destacou que o problema ocorreu em um único lote dentre oito que foram produzidos no dia 8 de maio do mesmo ano. A empresa também afirmou que todas as unidades do lote contaminado foram recolhidas e passaram por análises de esterilidade comercial e de teor de histamina, que ‘indicaram resultados conformes’.
Conclusão
A intoxicação alimentar em Campinas serve como um lembrete da importância do controle de qualidade na produção de alimentos. As agências reguladoras, como a Anvisa, desempenham um papel crucial na proteção da saúde pública, garantindo que os alimentos disponíveis para consumo sejam seguros.
Referências
Nota: As informações contidas neste artigo são baseadas em fatos e foram cuidadosamente pesquisadas. No entanto, a saúde e a segurança são assuntos sérios e é sempre aconselhável procurar aconselhamento médico profissional em caso de dúvida.
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