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O Som da Terra: Como um Festival em Campinas Está Revivendo a Alma Caipira do Brasil
Em um mundo cada vez mais digital, onde o toque de um violão é substituído pelo *scroll* infinito nas redes sociais, surge um evento que não apenas resiste ao tempo — ele o reencanta. No coração de Campinas, na histórica Praça Carlos Gomes, o Festival Café, Cachaça e Viola não é apenas um encontro de sabores e sons; é um ato de resistência cultural. Marcado para o dia **11 de outubro de 2025**, a partir das 11h, este festival gratuito promete transformar o centro da cidade em um verdadeiro reduto da identidade caipira brasileira. Mas o que torna este evento tão especial? E por que ele ressoa tão profundamente em tempos de globalização acelerada?
A Praça que Virou Palco da Tradição
A Praça Carlos Gomes, já testemunha de décadas de história campineira, será palco de uma celebração rara: a união entre o rural e o urbano, o antigo e o contemporâneo. Enquanto os prédios históricos observam em silêncio, a viola caipira ecoará com força, lembrando a todos que a cultura brasileira não mora apenas nos museus — ela vive nas ruas, nos copos de cachaça bem destilada e nas xícaras de café colhido com respeito à terra.
Mas por que justamente Café, Cachaça e Viola? Porque esses três elementos são, mais do que produtos, símbolos. São pilares de uma identidade que, embora frequentemente romantizada, raramente é vivida com autenticidade nos grandes centros urbanos.
Viola Raiz: O Coração que Pulsa no Centro de Campinas
A música caipira, muitas vezes confundida com sertanejo universitário ou até com modas de viola folclóricas, carrega em si séculos de narrativas. É a trilha sonora dos tropeiros, dos lavradores, dos poetas do sertão. No festival, essa tradição será representada por nomes que não apenas tocam — eles transmitem memória.
Às 14h, o jovem **Lucas Campaci** abre os trabalhos. Compositor de trilhas para cinema e TV, ele representa a nova geração que dialoga com a tradição sem perder a inovação. Às **17h**, a **Orquestra de Violeiros de Pedreira**, regida pelo maestro **Claudinho Cassiani**, levará ao palco uma força coletiva que poucos eventos conseguem reunir: dezenas de violeiros em perfeita harmonia, como se a própria terra estivesse cantando.
E às 20h, o ápice: **Mazinho Quevedo**, um dos maiores nomes da música instrumental brasileira, sobe ao palco. Com influências de MPB, jazz e música erudita, ele não apenas toca a viola — ele a reinventa, sem jamais esquecer suas raízes.
Café Especial: Do Grão à Xícara com Propósito
Enquanto a música embala os ouvidos, o paladar será despertado por uma Feira de Café Especial. Longe do café solúvel industrializado, aqui o grão é tratado como ouro negro: colhido com critério, torrado com maestria e servido com paixão. Produtores locais e regionais trarão cafés de terroirs distintos, permitindo que o público experimente desde notas florais até sabores terrosos que evocam as matas do interior de Minas Gerais ou do sul de São Paulo.
Você já parou para pensar que cada xícara de café carrega uma história de solo, clima e trabalho humano? No festival, essa história será contada em cada gole.
Cachaça: A Bebida que o Brasil Esqueceu de Valorizar
Se o café representa a delicadeza, a cachaça é a alma bruta e autêntica do Brasil. Infelizmente, por décadas, foi relegada ao status de “bebida de boteco” ou associada a excessos. Mas nos últimos anos, uma nova onda de **alambiques artesanais** vem resgatando sua dignidade. No festival, produtores independentes mostrarão que a cachaça pode ser tão complexa quanto um bom uísque — com envelhecimento em madeiras nativas, aromas de frutas tropicais e um sabor que varia conforme a região de origem.
Degustar cachaça aqui não é beber — é aprender a escutar o Brasil.
Gastronomia que Conta Histórias
Além das bebidas, o festival contará com uma Feira de Food Trucks que mistura o tradicional e o contemporâneo. Imagine: pastel de angu ao lado de hambúrgueres com molho de jabuticaba; pamonha gourmet servida em embalagens sustentáveis; e doces caseiros feitos com receitas passadas de geração em geração.
Essa não é apenas comida — é patrimônio imaterial em movimento. Cada prato é uma ponte entre o passado e o presente, entre o campo e a cidade.
Cerveja Artesanal: O Toque Urbano na Tradição Rural
O Polo Cervejeiro de Campinas também marca presença, trazendo rótulos artesanais que dialogam com os sabores locais. Algumas cervejarias até criaram edições especiais com ingredientes como café, cana-de-açúcar e frutas do cerrado. É a prova de que a inovação pode nascer da tradição — desde que haja respeito mútuo.
Economia Criativa: Quando a Cultura Gera Renda
Mais do que um evento cultural, o Festival Café, Cachaça e Viola é um motor de **economia criativa**. Produtores rurais, músicos independentes, chefs de cozinha e artesãos têm aqui uma vitrine rara: um espaço gratuito, central e de grande visibilidade. Em tempos de crise, eventos como este não apenas preservam a cultura — eles **sustentam vidas**.
Quantos artistas conseguem tocar para milhares sem pagar um centavo de cachê? Quantos pequenos produtores vendem seu café direto ao consumidor, sem atravessadores? Este festival é um laboratório de comércio justo e cultura viva.
Por Que a Cultura Caipira Importa Hoje?
Em uma era de algoritmos que ditam o que devemos ouvir, vestir e comer, a cultura caipira oferece algo radicalmente subversivo: autenticidade. Ela não busca viralizar — busca **perdurar**. Não se adapta às tendências — **cria raízes**.
A viola caipira, por exemplo, é um instrumento que exige escuta atenta. Seu som não é feito para fundo de vídeo no Instagram; é feito para ser vivido em silêncio, em roda, com olhos nos olhos. O mesmo vale para a cachaça bem feita ou o café colhido na hora certa. Tudo aqui exige **presença** — algo cada vez mais raro.
Campinas como Guardiã da Cultura Interiorana
Muitos associam Campinas apenas à tecnologia, à universidade ou ao agronegócio. Mas a cidade tem uma alma profundamente ligada ao interior paulista. Eventos como este reforçam esse vínculo, lembrando que urbanidade e ruralidade não são opostos — são complementares.
Ao trazer a cultura caipira para o centro da cidade, o festival desmonta a ideia de que o “caipira” é algo inferior ou ultrapassado. Pelo contrário: é sofisticado em sua simplicidade.
A Associação Laniake: O Fio Condutor por Trás da Cena
Por trás do festival está a Associação Laniake, uma organização que há anos atua na interseção entre cultura, educação e desenvolvimento local. Seu nome, inspirado em uma palavra indígena que significa “lugar de encontro”, não poderia ser mais apropriado. A Laniake entende que a cultura não é um acessório — é **infraestrutura social**.
Sem apoio governamental maciço ou patrocínios milionários, a associação constrói pontes entre comunidades, artistas e o público. É um modelo de gestão cultural horizontal e comunitária que merece ser estudado — e replicado.
O Poder Transformador dos Festivais de Rua
Festivais gratuitos em praças públicas têm um poder quase mágico: democratizam a cultura. Não há ingresso, não há corda de isolamento, não há hierarquia. Crianças, idosos, turistas, moradores de rua — todos compartilham o mesmo espaço, a mesma música, o mesmo cheiro de café fresco.
Isso é raro. E é revolucionário.
Como Participar — e Levar a Experiência Além do Dia do Evento
O festival acontece no sábado, 11 de outubro de 2025, a partir das 11h, na **Praça Carlos Gomes, Centro de Campinas**. A entrada é **gratuita**, e a programação se estende até a noite. Mas a experiência não precisa terminar ali.
Leve para casa um saco de café especial. Compre uma garrafa de cachaça artesanal. Converse com os produtores. Siga os músicos nas redes sociais. Transforme o encontro em continuidade.
A Viola Como Metáfora da Resistência Cultural
A viola caipira tem dez cordas — mas poderia ter mil vozes. Cada acorde carrega histórias de migração, de luta, de amor e de perda. Ao ouvir Mazinho Quevedo ou a Orquestra de Pedreira, não estamos apenas assistindo a um show. Estamos participando de um ato de memória coletiva.
Em um país que frequentemente apaga suas origens em nome do “progresso”, manter viva a viola é um gesto político. É dizer: nós não esquecemos de onde viemos.
Conclusão: Um Chamado para a Presença
O Festival Café, Cachaça e Viola não é apenas um evento. É um convite — para desacelerar, para escutar, para saborear, para **estar presente**. Em um mundo que valoriza a velocidade, escolher a lentidão é um ato de coragem. Em uma sociedade que consome cultura como entretenimento descartável, escolher mergulhar nela com profundidade é um ato de amor.
No dia 11 de outubro, a Praça Carlos Gomes não será apenas um ponto no mapa. Será um ponto de encontro entre passado, presente e futuro. E talvez, ao ouvir o som da viola ecoar entre os prédios antigos, você perceba que a alma do Brasil ainda pulsa — forte, simples e profundamente bela.
Perguntas Frequentes (FAQs)
1. O Festival Café, Cachaça e Viola é realmente gratuito?
Sim, a entrada é totalmente gratuita para todos os visitantes. Não há necessidade de inscrição prévia ou retirada de ingressos.
2. Posso levar crianças ao evento?
Absolutamente. O festival é familiar e conta com atrações que agradam a todas as idades, desde apresentações musicais até gastronomia variada e acessível.
3. Haverá estacionamento disponível na região da Praça Carlos Gomes?
A praça está localizada no Centro de Campinas, uma área com trânsito intenso. Recomenda-se o uso de transporte público, bicicleta ou aplicativos de mobilidade. Estacionamentos rotativos e particulares estão disponíveis nas proximidades.
4. Os produtores de café e cachaça aceitam pagamento por cartão?
A maioria dos expositores aceita cartões de débito e crédito, além de opções de pagamento digital (PIX). No entanto, é sempre bom levar um pouco de dinheiro em espécie como precaução.
5. O evento acontecerá mesmo em caso de chuva?
Sim, o festival terá cobertura parcial em áreas estratégicas, e a programação seguirá conforme planejado, salvo em casos extremos de condições climáticas adversas, quando avisos serão divulgados pelas redes oficiais da Associação Laniake.
Para informações adicionais, acesse o site
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