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Quando a Saúde Fica Offline: Como uma Falha no Sistema Colapsou Atendimentos em Goiânia
O Dia em que o Futuro Parou nas Unidades de Saúde de Goiânia
Imagine um hospital moderno, com sistemas digitais avançados e prontuários eletrônicos acessíveis em poucos cliques. Agora, imagine esse mesmo hospital forçado a retroceder décadas, com fichas preenchidas à mão e laboratórios inoperantes. Isso não é ficção; foi a realidade enfrentada por pacientes e profissionais de saúde em Goiânia nesta quinta-feira (3), quando uma crise tecnológica colocou em xeque a eficiência do sistema público de saúde da capital.
Por que o Sistema de Saúde Entrou em Colapso?
A resposta está em uma dívida milionária e uma negociação fracassada entre a Prefeitura de Goiânia e a Celk Sistemas, empresa responsável pelo sistema de informação da rede pública de saúde. A plataforma, conhecida como “cérebro” da Secretaria Municipal de Saúde (SMS), gerencia desde prontuários eletrônicos até solicitações ao Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu). Porém, sem o pagamento de quase R$ 6 milhões, a Celk interrompeu seus serviços, deixando unidades de urgência e laboratórios sem suporte tecnológico.
A Crise Vista de Perto: O Caso do Cais Campinas
Fichas à Mão e Pacientes na Fila
Na recepção infantil do Centro de Atenção Integral à Saúde (Cais) Campinas, a cena era caótica. Com o sistema offline, os atendimentos passaram a ser registrados manualmente, gerando filas extensas e atrasos significativos. Para muitos pais, a espera se tornou uma verdadeira prova de paciência. “É como voltar ao século passado”, desabafou uma mãe enquanto segurava seu filho febril.
Laboratório Inoperante: Onde Estão os Exames?
Além das fichas manuais, o laboratório do Cais Campinas também estava completamente inoperante. Sem acesso aos equipamentos automatizados, exames essenciais para diagnósticos precisos foram adiados ou cancelados. A situação evidenciou a dependência extrema do sistema digital e as fragilidades de um modelo sem plano B.
Como Chegamos Aqui? A Dívida Milionária e a Falta de Consenso
A origem dessa crise remonta a meses de disputa financeira entre a Prefeitura e a Celk. Desde 2024, o município acumula uma dívida de quase R$ 6 milhões com a empresa. Embora tenham ocorrido tentativas de negociação, nenhuma solução foi alcançada. Na última quarta-feira (2), a Celk enviou um ofício detalhando os valores devidos e anunciando o cronograma de desligamento dos serviços.
Uma Decisão Extrema, Mas Previsível
Para especialistas, a decisão da Celk não é surpreendente. “É como esperar que um carro funcione sem combustível”, compara um analista de tecnologia da saúde. Sem o pagamento dos serviços prestados, a empresa simplesmente não tinha mais condições de sustentar a operação.
Impactos Diretos na População
Quanto Tempo Você Está Disposto a Esperar por Atendimento?
Com o colapso do sistema, o tempo médio de espera nas unidades de urgência aumentou drasticamente. Em casos de emergência, cada minuto conta. E quando o sistema falha, vidas podem estar em risco.
O Que os Pacientes Pensam Sobre Tudo Isso?
Entrevistamos alguns pacientes que estavam nas filas do Cais Campinas. A maioria expressou frustração e preocupação. “Eu vim aqui porque meu filho precisa de um exame urgente. Mas agora, sem o laboratório funcionando, não sei o que fazer”, disse um pai visivelmente angustiado.
As Consequências para os Profissionais de Saúde
Médicos e Enfermeiros Forçados a Retroceder no Tempo
Os profissionais de saúde também sentiram na pele os impactos da falha tecnológica. Acostumados a acessar prontuários eletrônicos rapidamente, eles agora precisam registrar informações manualmente, perdendo tempo valioso que poderia ser dedicado ao cuidado direto dos pacientes.
O Desgaste Emocional de Trabalhar em um Sistema Falho
“Mais do que cansaço físico, é emocionalmente desgastante ver que estamos limitados por algo que poderia ter sido evitado”, afirmou uma enfermeira do Cais Campinas.
E Agora? Qual o Plano da Prefeitura?
O Município Tem Solução para o Problema?
Até o momento, a Prefeitura de Goiânia ainda não apresentou um plano concreto para resolver a crise. O prefeito Sandro Mabel (UB) foi notificado sobre o desligamento dos serviços pela Celk, mas nenhuma medida emergencial foi divulgada.
Alternativas Tecnológicas Existem, Mas Há Recursos?
Especialistas sugerem que o município poderia buscar soluções alternativas, como plataformas open source ou parcerias com outras empresas. No entanto, isso exigiria investimento imediato – algo que parece estar fora de cogitação diante da atual crise financeira.
Lições Aprendidas: O Que Podemos Fazer Melhor?
A Importância de um Plano B na Saúde Pública
Essa crise expõe uma verdade desconfortável: a saúde pública brasileira ainda é excessivamente dependente de sistemas centralizados e vulneráveis. Um bom exemplo seria investir em redundâncias tecnológicas, garantindo que, mesmo em caso de falhas, os serviços essenciais continuem funcionando.
Educação Digital e Capacitação de Profissionais
Outra lição importante é a necessidade de capacitar os profissionais de saúde para lidar com cenários de baixa tecnologia. “Não podemos depender apenas de máquinas para salvar vidas”, alerta um especialista.
Conclusão: Quando a Tecnologia Falha, Quem Paga o Preço São as Pessoas
A crise no sistema de saúde de Goiânia é mais do que um problema financeiro ou tecnológico – é um reflexo da falta de planejamento e priorização das políticas públicas. Enquanto decisões são postergadas e acordos não são cumpridos, são os pacientes e profissionais de saúde que sofrem as consequências. É hora de repensarmos nossas estratégias e garantirmos que a saúde pública seja realmente acessível, eficiente e resiliente.
Perguntas Frequentes (FAQs)
1. O que causou a suspensão do sistema de saúde em Goiânia?
A suspensão foi causada pela interrupção dos serviços da Celk Sistemas, empresa responsável pelo sistema de informação da rede pública de saúde, devido a uma dívida de quase R$ 6 milhões com a Prefeitura.
2. Quais unidades de saúde foram afetadas?
Unidades de urgência, como o Cais Campinas, foram diretamente impactadas, com atendimentos realizados manualmente e laboratórios inoperantes.
3. Quando a Prefeitura começou a dever à Celk?
A dívida começou a ser acumulada em 2024, mas até abril de 2025, nenhuma solução foi implementada.
4. Existe previsão para normalizar os serviços?
Até o momento, a Prefeitura de Goiânia não divulgou um plano concreto para resolver a crise.
5. O que pode ser feito para evitar crises semelhantes no futuro?
Investir em redundâncias tecnológicas, buscar alternativas open source e capacitar profissionais para cenários de baixa tecnologia são medidas essenciais.
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