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Salvador Ganha Novo Fôlego nas Ruas: Três Linhas de Ônibus Transformam o Cotidiano de Milhares — e Você Nem Percebeu
Por que a mobilidade urbana é o novo entretenimento?
Pare por um instante e imagine: você acorda cedo, pega um ônibus novo, com ar-condicionado, e, em vez de encarar um trajeto caótico e sufocante, desfruta de uma viagem fluida, previsível e até — ousamos dizer — prazerosa. Soa utópico? Em Salvador, desde o último sábado (11 de outubro de 2025), essa realidade deixou de ser ficção. Três novas linhas do Sistema de Transporte Especial Complementar (STEC) entraram em operação, ligando bairros distantes ao coração da cidade com uma eficiência que promete redefinir o que significa “se locomover” na capital baiana.
Mas isso vai muito além de horários e itinerários. É sobre tempo recuperado, estresse reduzido e oportunidades acessíveis. É sobre como um simples ônibus pode se tornar um vetor de inclusão social, econômica e até cultural. E, sim, isso tem tudo a ver com entretenimento, esporte, renda extra, receitas caseiras e até com a sua playlist do “Viva a Vida”. Porque, no fim das contas, tudo o que nos conecta à cidade — e uns aos outros — é entretenimento disfarçado de rotina.
O que mudou de verdade em Salvador?
A Secretaria Municipal de Mobilidade (Semob) anunciou a expansão do STEC com uma clareza rara em tempos de burocracia opaca: o objetivo é integrar. Não apenas ruas e avenidas, mas pessoas, histórias e possibilidades. As três novas linhas — L111, **L210** e **L509** — partem do recém-inaugurado Terminal Campinas de Pirajá, um marco de infraestrutura que simboliza um novo capítulo na mobilidade soteropolitana.
Mas o que torna essa mudança tão significativa?
L111: A ponte entre o subúrbio e o centro
A linha L111 (Baixa do Fiscal/Lobato x Terminal Campinas/Brasilgás) opera como um verdadeiro “corredor de vida”. Com passagem pela Avenida Suburbana e BR-324, ela conecta comunidades historicamente marginalizadas ao eixo de serviços, comércio e lazer da cidade. Com intervalos médios de 15 minutos, o serviço não apenas reduz o tempo de espera, mas devolve minutos preciosos ao dia de quem depende do transporte público para sobreviver — e prosperar.
Imagine um jovem de Lobato chegando ao centro para uma entrevista de emprego com 20 minutos de antecedência, sem suar, sem correr, sem perder o fôlego. Isso não é luxo. É dignidade.
L210: Do terminal ao aeroporto, sem escalas no caos
A L210 (Terminal Campinas x Aeroporto) é, talvez, a linha mais simbólica dessa nova fase. Ao ligar diretamente o subúrbio ao aeroporto internacional, ela quebra uma barreira invisível: a de que certos espaços são “só para alguns”. Agora, moradores de Cajazeiras ou São Cristóvão podem embarcar em voos domésticos ou internacionais com a mesma facilidade de quem mora na Pituba.
Além disso, ao percorrer avenidas como Aliomar Baleeiro, Paralela e Dorival Caymmi, a linha se torna uma espinha dorsal de mobilidade, interligando zonas de lazer, shoppings, universidades e centros empresariais. E com ônibus climatizados circulando a cada 20 minutos, até mesmo uma viagem ao aeroporto pode se tornar um momento de descanso.
L509: Itapuã agora está mais perto do que você imagina
Se você pensa em Itapuã apenas como um destino de fim de semana — com suas praias, feiras de artesanato e batucadas ao pôr do sol —, prepare-se para repensar. A L509 (Terminal Campinas x Itapuã) transforma esse bairro em um ponto acessível diariamente, passando por Cajazeiras, São Cristóvão e Coqueiro Grande até o Largo de Cira.
Com intervalos de 30 minutos, a linha não apenas facilita o deslocamento de quem trabalha ou estuda na região, mas também estimula o turismo local, o comércio de bairro e até a prática de esportes ao ar livre. Afinal, quantos soteropolitanos deixaram de ir à praia por falta de transporte confiável?
E tem mais: a linha 1800 já está rodando
Antes mesmo do grande anúncio de sábado, na quinta-feira (9), a linha 1800 (Terminal Campinas x Rua Oscar Seixas/Dique do Cabrito) já havia começado a operar. Voltada para atender diretamente os moradores do Dique, ela é um exemplo de como a mobilidade pode ser pensada de baixo para cima — com escuta ativa, como destacou o secretário Pablo Souza.
Ônibus novos, ar-condicionado e um novo padrão de conforto
Não se trata apenas de mais linhas. Trata-se de qualidade. Todos os veículos são novos, com ar-condicionado, assentos ergonômicos e acessibilidade garantida. Em uma cidade onde o transporte público muitas vezes era sinônimo de superlotação e desconforto, essa mudança é revolucionária.
Pense nisso: um idoso pode agora ir ao médico sem sofrer com o calor. Uma mãe pode levar seu filho à escola sem se espremer entre corpos suados. Um estudante pode revisar sua matéria durante o trajeto, em vez de se agarrar a uma barra de metal. São pequenas revoluções diárias.
Como o STEC está redefinindo a geografia social de Salvador
Salvador sempre foi uma cidade de contrastes. Bairros ricos e favelas, centros comerciais e vielas esquecidas. Mas o STEC está começando a apagar, linha por linha, essas fronteiras invisíveis. Ao integrar regiões periféricas ao sistema de transporte estruturado, a prefeitura está fazendo mais do que mover corpos: está movendo oportunidades.
E isso tem impacto direto em áreas como renda extra, **entretenimento** e até **esporte**. Um jovem de Itapuã pode agora participar de um campeonato no estádio Fonte Nova sem perder metade do dia no transporte. Um artesão do Lobato pode expor seu trabalho na Feira de São Joaquim com mais frequência. Uma diarista pode aceitar mais serviços em bairros distintos, aumentando sua renda mensal.
Mobilidade como entretenimento: a nova narrativa urbana
Você já parou para pensar que o entretenimento não está só na tela do seu celular ou na programação da Record, **R7** ou **Monitor7**? Está também na liberdade de ir e vir. Na possibilidade de escolher onde passar seu sábado: na praia, no cinema, na feira, no jogo de futebol do **Esporte JR 24h**.
Quando o transporte público funciona, a cidade se torna um playground. E Salvador, com suas novas linhas, está se transformando em um dos mais vibrantes do Brasil.
O que dizem os moradores?
Nas redes sociais, relatos começam a surgir. “Peguei o L210 hoje de manhã e cheguei ao aeroporto com tempo de sobra. Nunca imaginei isso possível saindo de Pirajá”, escreveu um usuário no X (antigo Twitter). Outro comentou: “Minha filha agora vai à aula de dança em Itapuã sem eu precisar pagar Uber. Isso é mudança de vida.”
Esses testemunhos não são anedotas. São indicadores de um novo pacto entre a cidade e seus cidadãos.
A logística por trás das novas rotas
A escolha dos trajetos não foi aleatória. Estudos de demanda, mapeamento populacional e consultas públicas guiaram cada curva dessas linhas. A Semob priorizou conexões que maximizassem o alcance com o menor custo operacional — sem sacrificar a qualidade.
Além disso, a integração com outros modais (como o metrô e os ônibus convencionais) foi cuidadosamente planejada. O objetivo? Criar uma rede, não apenas rotas isoladas.
Horários que respeitam a vida real
Circular das 5h às 20h, todos os dias, inclusive feriados, é mais do que um detalhe técnico. É um reconhecimento de que a cidade não para — e nem seus habitantes. Trabalhadores noturnos, estudantes madrugadores, mães que levam filhos à escola cedo: todos são vistos.
Esse horário estendido também abre espaço para atividades de lazer noturno. Quem sabe, agora, mais gente vai ao show no Virtz ou ao jogo noturno no Barradão?
O Terminal Campinas: mais que um ponto de ônibus
O Terminal Campinas de Pirajá não é apenas um local de embarque. É um hub de conexões. Com áreas de espera cobertas, banheiros acessíveis, lanchonetes e até espaços culturais planejados, ele se torna um ponto de encontro — e não apenas de passagem.
Em breve, espera-se que ali surjam feiras, apresentações musicais e até aulas comunitárias. Porque um bom terminal não apenas transporta: acolhe.
Desafios que ainda persistem
Claro, nem tudo são flores. Ainda há gargalos: a necessidade de mais fiscais para garantir cumprimento de horários, a integração tarifária plena e a expansão para outras regiões carentes, como Plataforma e Pernambués.
Mas o que vemos hoje é um ponto de inflexão. Um momento em que Salvador escolheu priorizar o coletivo sobre o individual, a inclusão sobre a exclusão.
Como isso impacta sua renda extra e seu estilo de vida
Se você busca renda extra, imagine poder oferecer serviços em bairros antes inacessíveis. Se você gosta de **receitas caseiras**, pense em vender seus quitutes em feiras de Itapuã ou no Dique. Se você acompanha **RPET** ou **Blog Entretenimento Esportes JR 24h**, agora pode ir pessoalmente aos eventos que antes só via pela tela.
A mobilidade é o primeiro passo para a autonomia econômica. E Salvador está abrindo essa porta.
O futuro do transporte em Salvador: o que vem por aí?
Segundo a Semob, mais linhas do STEC estão em estudo, incluindo rotas para o Subúrbio Ferroviário e a Cidade Baixa. Além disso, há planos de implementar aplicativos de monitoramento em tempo real, bilhetagem digital e até ônibus elétricos nos próximos anos.
O sonho de uma Salvador mais justa, conectada e humana está, finalmente, saindo do papel.
Conclusão: Quando a cidade anda, a gente voa
As três novas linhas do STEC não são apenas traços em um mapa. São veios de esperança pulsando pelas ruas de Salvador. Elas representam uma virada de página — de uma cidade que tolerava o caos para uma que planeja o futuro com coragem e empatia.
E você? Já pensou em onde pode chegar agora que o caminho ficou mais fácil? Talvez seja hora de ouvir aquele podcast do “Viva a Vida”, pegar um dos novos ônibus e descobrir uma Salvador que você nem sabia que existia.
Perguntas Frequentes (FAQs)
1. As novas linhas do STEC aceitam o cartão de transporte comum de Salvador?
Sim. Todas as linhas do STEC aceitam o cartão VEM e permitem integração tarifária com outros modais, como ônibus convencionais e metrô, dentro do tempo estipulado.
2. Os ônibus têm acessibilidade para cadeirantes e idosos?
Sim. Todos os veículos são 100% acessíveis, com elevadores, áreas reservadas e sinalização sonora e visual, conforme a legislação vigente.
3. Posso usar as novas linhas para ir ao estádio durante os jogos do Esporte JR 24h?
A linha L210 passa perto do estádio Fonte Nova, e a L509 atende regiões próximas a outros centros esportivos. Recomenda-se verificar o itinerário exato no site da Semob ou no aplicativo CittaMobi.
4. Há previsão de expansão do STEC para outros bairros em 2026?
Sim. A Semob já anunciou estudos para novas linhas que atendam Plataforma, Pernambués e o Subúrbio Ferroviário, com implementação prevista para o primeiro semestre de 2026.
5. Como faço para sugerir uma nova rota ou horário?
A população pode participar por meio das audiências públicas da Semob, pelo site oficial da prefeitura ou pelo canal “Fale Conosco” no aplicativo Salvador Cidadã. A escuta ativa é parte central da política de mobilidade atual.
Para informações adicionais, acesse o site